Goulart defende fim da saída temporária, em datas comemorativas, de presidiários que tenham ligação direta com o fato criminoso

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Ex-deputado acredita que esse benefício contribui ainda mais para o aumento da insegurança e criminalidade, já que muitos presos aproveitam para cometer outros crimes e alguns deles acabam não voltando para a cadeia


O Dia dos Pais é mais uma data de alegria e comemoração em todo o país, mas também levanta uma questão muito desagradável que é a saída temporária de presidiários acusados por crimes muitas vezes cometidos contra o próprio homenageado; como é o caso do casal Manfred e Marísia von Richthofen, assassinados pela própria filha Suzane von Richthofen e o caso Alexandre Nardoni, que matou a filha Izabella Nardoni, com a ajuda da madrasta Ana Carolina Jatobá. Os três foram beneficiados com a “saidinha”, benefício concedido em diversas datas comemorativas, dentre elas o Dia dos Pais.

O ex-deputado federal, Antonio Goulart, propôs o Projeto de Lei 8872/2017 para tirar o benefício da saída temporária em datas comemorativas dos presidiários que tenham ligação direta com o fato criminoso

“Concordo com a colocação do Padre Fábio de Melo que gerou grande repercussão ‘de que a ‘Saidinha’ deveria ser permitida somente no Dia de Finados, para que visitassem os túmulos dos que eles mataram’, por isso mesmo, enquanto deputado federal fui autor do Projeto de Lei 8872/2017 que visa tirar o benefício da saída temporária em datas comemorativas dos presidiários que cometeram crimes contra pai, mãe, filhos e cônjuges, ou seja que tenham ligação direta com o fato criminoso: Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças ou em feriados que implique em reunião familiar, como é o caso do Natal”, ressalta o ex-deputado federal Antonio Goulart.  

Além de ser contraditório conceder a liberdade temporária em datas comemorativas para quem cometeu crime contra o próprio homenageado, esse benefício contribui ainda mais para o aumento da insegurança e criminalidade já que muitos presos aproveitam a “saidinha” para cometer outros crimes e alguns deles acabam não voltando para a cadeia. “Dados estatísticos do Estado de São Paulo mostram que somente no ano de 2016 cerca de 33 mil presos deixaram os presídios em feriados e 1.500 não voltaram. O PL 8872/2017 precisa ser aprovado para que possamos reparar na lei uma injustiça contra os cidadãos”, defende Goulart.


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