Férias escolares: aumento de tempo de uso internet por crianças e adolescentes pode aumentar casos de assédios e abusos on-line

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Créditos: Freepik

Cuidados são essenciais para proteger crianças e adolescentes durante o período sem aulas

Julho é o mês das férias escolares. Para crianças e adolescentes, esse período representa descanso, diversão e novas experiências. No entanto, para os pais, responsáveis e cuidadores, é crucial manter a atenção redobrada, principalmente no mundo digital. A internet, embora possa ser uma fonte de entretenimento e aprendizado, é também um local de perigo. Em 2023, a Safernet recebeu 71.867 denúncias de imagens de abuso e exploração infantil on-line.

“As telas acabam sendo uma saída para tirar crianças ou adolescentes do tédio, mas é importante frisar que, além dos riscos de abuso e assédio que esse público corre neste ambiente, existem também outros problemas. Um estudo da revista Pediatrics, por exemplo, mostrou que o tempo excessivo de tela  está diretamente ligado ao atraso no desenvolvimento”, destaca Maurício Cunha, diretor de pais do ChildFund Brasil, organização que há 57 anos atua na promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.

Dicas para proteger crianças e adolescentes de crimes on-line

Controle parental: é importante que, caso a criança ou adolescente manuseie um celular, com aplicativos e redes sociais, o controle parental seja ativado. Com isso, o responsável pode ter acesso ao histórico de navegação e outras funções.

Fique atento aos sinais: crianças ou adolescentes que estão passando por abuso ou exploração sexual on-line, tendem a ter comportamentos diferentes, como baixa autoestima, vergonha, medo, culpa, entre outros sentimentos;

Conversa e segurança: além de perceber os sinais de mudança, ter um contato direto, baseado na confiança e segurança, é uma forma da criança ou adolescente, que esteja passando pelo problema contar sobre o ocorrido logo no início. Incentive o diálogo e busque mostrar que você é uma pessoa com quem ela pode contar;

Aborde o tema: dependendo da idade, a criança não conseguirá identificar o que está acontecendo com ela. Por este motivo, é importante que alguns movimentos sejam explicados, como a abordagem de estranhos, o contato frequente via mensagem, a solicitação de fotos ou outros dados pessoais;

Estabeleça limites: defina horários específicos para o uso da internet e de dispositivos eletrônicos. Nos momentos sem celular, privilegie brincadeiras, momentos em família, leitura e atividades e esportes ao ar livre;

Busque ajuda profissional: mesmo seguindo todas as dicas, pode ser difícil manter os jovens longe da internet. Busque a ajuda de psicólogos, terapeutas ou educadores especializados em educação digital.


 SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br 

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