Evento de conscientização do câncer de mama reúne mais de 300 pessoas na Vila Mariana

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“Sou Rosa – um toque pela vida” reuniu mulheres em apresentações de dança, massoterapia, palestras com médicos e terapeutas, exames gratuitos, atendimento com advogados, feira de produtos


Segundo o INCA – Instituto Nacional do Câncer – são estimados 59.700 casos novos de câncer de mama em 2019.

Para conscientizar, de uma forma bem animada, foi realizado no dia 19, o evento “Sou Rosa – Um toque pela vida”, idealizado pela professora de dança da AAVISA – Associação dos Amigos da Vila Isa e Residencial Sabará (localizado na região de Santo Amaro), Shanya Khaly, que trabalha com mulheres há mais de 20 anos e perdeu a avó com a doença. O evento reuniu, em um único espaço, apresentações de dança, massoterapia, palestras com médicos e terapeutas, exames gratuitos, atendimento com advogados, feira de produtos (veganos, roupas, acessórios árabes e ciganos), oráculos e espaço de alimentação.

“A dança cura. Normalmente as pessoas fazem um evento de conscientização mas eu queria algo mais alegre e como eu sou do mundo da dança, incluí a dança também”, falou a organizadora.

Carol Jianjulio, coreógrafa, professora de dança do ventre e flamenco e proprietária do Gabinete de Dança, viajou a noite inteira com suas alunas, cerca de 10 mulheres que tem idades entre 50 e 79 anos. “Somos de São José do Rio Preto e há três anos eu trabalho com mulheres que têm ou tiveram câncer ou desenvolveram o linfedema. Minhas aulas foram adaptadas para as necessidades delas. Eu não escolhi elas: fui escolhida e para mim cada dia é uma lição de vida”.

Com 12 dias de nascida, a dançarina, cigana bailarina e coreógrafa de dança do ventre, Kadria Riguetto, que veio de Jaú e fez uma apresentação de dança cigana, passou pela experiência de detectar nódulos na mama. Com 18 anos e grávida, a doença foi detectada novamente. Passou pelo tratamento de quimioterapia e cirurgia de extração. Há pouco tempo o câncer reapareceu e ela passou por novas sessões de quimioterapia. Hoje, curada, a dançarina tem uma alegria de viver contagiante e afirma que fazer reconstrução de mama não está nos planos. “Isso nem se passa na minha cabeça. Eu tô viva, tenho um filho, uma mãe, um marido, uma amiga para cuidar. Graças a Deus sempre tive apoio de toda a família, inclusive do meu marido que diz que ele tem de um lado uma mulher de 30 e outra de 16”, comentou rindo.

O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rotina em mulheres sem sintomas ou sinais de doença em suas mamas seja feita na faixa etária entre 50 e 69 anos. Para Dra. Carla Benetti, radiologista especialista em imagem da mama do ICESP – Instituto do Câncer de São Paulo – “tem muita informação errada que sai na mídia que a mamografia é prejudicial a saúde. Mas isso não é uma informação verdadeira. A mamografia usa radiação, mas em doses muito baixas e seguras e não põe em risco de forma nenhuma a saúde da mulher”.


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