Centro Esportivo da Zona Sul abriga moradores de rua durante a pandemia

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A capital paulista tem mais de 24 mil pessoas em situação de rua e, durante a pandemia, os Centros de Acolhimento da Prefeitura são insuficientes para abrigá-los. Assim, foram abertas mais de 450 vagas em cinco Centros Esportivos para acolher essa população, de maneira emergencial


Mais de 24 mil moradores de rua vivem na capital paulista. Desse total, 13% tem mais de 60 anos, ou seja: pelo menos 3.120 dessas pessoas estão no grupo de risco da Covid-19 e não tem uma moradia adequada para se proteger.

Já que os Centros de Acolhimento da Prefeitura são insuficientes, o jeito foi abrigar essa população em Centros Esportivos, com a abertura de mais de 450 vagas para acolhê-los, de maneira emergencial.

“O isolamento envolve uma série de regras de convivência que foram estabelecidas, justamente para que as pessoas possam manter o distanciamento social, então, são evitadas atividades coletivas, há um espaçamento entre as camas, rotinas nas atividades de alimentação, banho e higiene pessoal”, explicou Douglas Carneiro, secretário adjunto de Assistência e Desenvolvimento Social, sobre as rotinas nos Centros de Acolhimento.

Esses centros têm funcionamento 24 horas e estão localizados nos bairros de Santana, Sé, Mooca, Santo Amaro e Luz, que é exclusivo para atendimento de idosos e deficientes que foram transferidos de outros equipamentos.  

Os moradores de rua com sintomas do coronavírus são levados para o Centro de Acolhimento da Lapa, que tem 106 vagas. Aqueles que fizeram o exame e testaram positivo para o coronavírus, mas não apresentam sintomas graves, são encaminhadas para o Centro de Acolhimento da Vila Clementino, que tem 38 vagas.

Na capital paulista, mais de 50 moradores de rua estão com Covid-19 ou com suspeita.

Além de disponibilizar abrigo, a Prefeitura também foi cobrada pelo Ministério Público, no início da quarentena, para instalar pias em regiões onde há grande circulação de moradores de rua, já que a higiene das mãos e rosto é uma das principais medidas de combate contra o coronavírus.

Então, foram instaladas pias na região central da cidade, como na Praça da Sé, no Largo São Francisco, no Pateo do Collegio e Praça da República. Na Zona Sul da cidade, um dos locais com maior aglomeração de moradores de rua é o Largo 13 de Maio, em Santo Amaro. Pensando nessa população, instituições sociais também manifestaram preocupação e cobraram a Prefeitura de SP para a instalação de pias na região.

Em nota, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania informou que “recebeu a solicitação do Comitê Intersetorial da Política Municipal para a População em Situação de Rua (Comitê PopRua) para instalação de pias na Zona Sul, mais especificamente no Largo Treze. A SMDHC, juntamente com a Secretaria Municipal de Subprefeituras e a SABESP, já realizou vistorias para verificar o melhor local para instalação das pias”.


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