Segundo nos ensinam alguns dicionários, diz-se do Raivoso aquele atacado de raiva, danado, hidrófobo. Em sentido figurado, por extensão, aquele dominado pela raiva, furioso, irritado. Ainda se define aquele intratável, bravo, feroz. Por sua vez o odioso é aquele que merece ou inspira ódio ou grande aversão; é aquele que revela ou provoca ódio.
Trazendo o foco para a política brasileira, se olharmos o cenário sem paixões, facilmente conseguiremos identificar com clareza, a predominância de dois grupos distintos: Os raivosos e os odiosos.
Isso na política não é bom. O ideal é que os odiosos não existissem, pois o ódio nada constrói, ao contrário só desagrega e destrói. Coloca irmãos contra irmãos, negros contra brancos, homens contra mulheres, brancos contra povos indígenas, ricos contra pobres, etc. Transforma o cenário num ambiente selvagem, numa guerra de todos contra todos. Um inferno na terra.
Por sua vez os raivosos, alguns até sem causa, também não nos levam a lugar nenhum. Os raivosos pela raiva ou pelo modismo, pois ficar com raiva está na moda, nada tem a oferecer, nenhuma ideia a propor, nem esperanças nos trazem. Ficar com raiva é um direito justificável por tudo que assistimos desde que a raiva se estenda até o limite da indignação. Temos sim que nos indignar com as coisas erradas, até o ponto em que isso nos impulsione a corrigir os erros e a pacificar, trazer a harmonia, a construir o bem estar de todos. Quando se rompe esse limite, os efeitos se assemelham aos causados pelos odiosos.
As eleições estão chegando. Você tem todo o direito de ficar raivoso, mas não tem o direito de ser odioso e cruel. Na hora de votar, dispa-se do ódio. Leve consigo o amor. O próprio, o amor ao semelhante para que possamos construir um ambiente próspero para todos. Não precisamos de ódio. Mais amor, por favor.
Wander Simões
Administrador de Empresas
Bacharel em Direito
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