ARTIGO | A (boa) educação, chave do desenvolvimento social

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Toda vez que vejo um governante – presidente, governador ou prefeito – tomar posse prometendo investir na Educação, quase esqueço as dezenas de vezes que já vi outros fazendo a mesma promessa e não cumprindo. Volto à esperança de dias melhores proporcionados pelo melhor preparo dos jovens para os desafios da vida e equação dos problemas da sociedade.

Penso que, se for melhor formado, especialmente no ciclo básico, o aluno terá melhores condições de assimilar os ensinamentos dos níveis intermediário e superior e, com isso, estará devidamente preparado para assumir seu posto de trabalho quando chegar à idade laboral e, por ter sido bem encaminha do, terá sucesso em sua trajetória profissional. No dia em que chegarmos a esse estágio, os governos poderão (e deverão) continuar investindo em Educação, inclusive as verbas que hoje é obrigado a aplicar em segurança pública e outras atividades de controle do conflito social.

Ao longo da vida, encontrei incontáveis indivíduos que, já adultos, confessavam não ter levado a sério os estudos porque tanto a família quanto a escola de então não foram capazes de informá-los e motivá-los sobre a vida melhor que os estudos poderiam proporcionar.
Fico pensando que as escolas precisam ter suas instalações bem cuidadas, a merenda – que é a principal refeição de boa parte dos alunos – com boa qualidade e, principalmente, os professores e demais operadores da estrutura motivados a fazer o melhor.

Temos muitas iniciativas educacionais. São escolas diurnas, noturnas, de tempo integral, clássicas, profissionalizantes, para adultos e outras. Há a oferta de oportunidades de ensino nos diferentes níveis. Mas, o grande problema é econômico. Quando muda o governo, mesmo tendo a obrigação de continuar o básico, os novos governantes elegem outras prioridades e relegam as recebidas.

Uma população dotada de boa formação educacional atende melhor aos pressupostos da sociedade e da economia. Com a Educação equacionada, os governos poderão baixar os investimentos em segurança, sistema prisional e outras atividades punitivas. Não haverá mais a necessidade desses serviços que só se ampliam quando a sociedade é convulsionada.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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