Após reprovar amostras de roupas escolares, Prefeitura vai dar R$ 215 para famílias comprarem uniformes

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Secretaria Municipal de Educação vai credenciar lojas para vender os uniformes dos alunos. Recentemente, a Prefeitura reprovou os uniformes feitos por 20 empresas que participaram da produção das roupas escolares


O ano letivo das escolas municipais da cidade de São Paulo ainda não começou, mas a Prefeitura já implantou uma mudança: nos uniformes.

A partir deste ano, cada aluno da rede pública municipal terá direito a um cartão de R$ 215 para que a família compre o kit de uniforme das crianças, composto por uma calça, um moletom, uma jaqueta, cinco camisetas, uma bermuda, cinco meias e um par de tênis.

Os uniformes estarão à venda em lojas cadastradas pela Secretaria Municipal de Educação (SME) e as mães e pais poderão comprar os itens do kit de acordo com a necessidade das crianças, ao longo do ano.

“Em toda a cidade, estabelecimentos comerciais serão credenciados pela Pasta a venderem os uniformes e as famílias poderão compor os kits seguindo seus próprios critérios. O valor por estudante será transferido através de cartão bancário, que serão enviados diretamente às Escolas no início do ano letivo”, informou a SME.

No total, a Prefeitura vai desembolsar cerca de R$ 130 milhões de reais nos uniformes das mais de 660 mil crianças da rede pública municipal. “As famílias terão total autonomia para comprarem os uniformes em 2020. Tabelamos os valores e credenciamos pontos de venda em toda a cidade. Os pontos serão visitados e amostras serão recolhidas aleatoriamente para verificarmos a procedência e os valores dos produtos que estão sendo vendidos”, destacou o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano.

As mudanças foram feitas após a Prefeitura reprovar os uniformes feitos por 20 empresas que participaram da produção das roupas escolares e cancelar a licitação de compra dos uniformes. As amostras das roupas foram testadas mas apresentaram acabamento inadequado e preço acima do previsto. Foi verificado também que os tênis poderiam machucar os pés dos alunos.

A Controladoria Geral do Município realizou uma auditoria na licitação e verificou possível atuação fraudulenta em algumas das 20 empresas responsáveis pela produção dos uniformes. A Corregedoria Geral do Município foi acionada e o processo está disponível para o Tribunal de Contas do Município, o Ministério Público e a Polícia.


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