Adolescente morre afogado em trecho da Represa Billings na Zona Sul

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Cerca de 161 pessoas morreram em represas do Estado entre 1º de janeiro e 25 de setembro. No mar, foram 16 afogamentos. De acordo com especialistas da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, a água da represa Billings está contaminada em um ponto da Zona Sul


De acordo com o Corpo de Bombeiros, entre 1º de janeiro e 25 de setembro, 161 pessoas morreram em represas no Estado de São Paulo. Neste mesmo período, apenas 16 morreram afogadas no mar.

O caso mais recente aconteceu no último sábado (26): um garoto de 13 anos morreu num ponto da Represa Billings, na região de Parelheiros, num local onde existe uma estação de bombeamento de água da Sabesp.

O menino estava acompanhado do pai e do tio, de 37 anos, que quase se afogou. O pai do menino entrou na água para salvar o irmão, mas o menino não resistiu.

“Aquelas bombas de água da Sabesp realmente têm poder de sucção de água. Então, sempre que há esse tipo de equipamento dentro da água não é recomendado nadar próximo”, disse Oswaldo de Andrade Filho, tenente do Corpo de Bombeiros.

No último feriado prolongado, em 7 de setembro, 13 pessoas morreram afogadas em represas e praias do Estado de São Paulo, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Um dos casos de morte por afogamento também aconteceu na represa Billings, próximo à Ilha do Bororé: Diego de Oliveira Coutinho, de 21 anos, nadava nas margens da represa, no dia 6 de setembro, quando se afogou.

De acordo com especialistas da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, a água da represa Billings está contaminada em um ponto da Zona Sul: uma microalga que se alimenta de esgoto deixou a água verde próximo ao Parque Linear Cantinho do Céu, no Grajaú.

“É uma toxina que pode afetar tanto a pele como ocasionar lesões nas mucosas (olho, nariz, boca) e pior: se essa criança ou esse animal ingerir uma parte dessa água, isso pode chegar até o sistema hepático. Dependendo da condição de vida, como estiver a saúde, isso pode ser até letal”, explica a pesquisadora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Marta Marcondes.

A Sabesp informou que investe continuamente em saneamento na área da Billings para recuperar a qualidade da água e para coletar e tratar o esgoto na região.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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