Virada Cultural do Pertencimento: artistas elogiam descentralização do evento

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Poder público, artistas e colaboradores da CUFA (Central Única das Favelas) Heliópolis estiveram lado a lado no evento

Foram mais de 500 atrações espalhadas por todas as regiões da cidade


Com 12 arenas espalhadas por todas as regiões da cidade e atrações em equipamentos culturais, a Virada Cultural do Pertencimento 2023 atraiu um grande público no sábado (27) e no domingo (28) com atividades gratuitas para todos os gostos. O evento deve movimentar R$ 400 milhões na economia da cidade e os artistas que já se apresentaram e sentiram o calor do público nas regiões periféricas da cidade pretendem retornar para o festival promovido pela Prefeitura de São Paulo em 2024.

Logo após encerrar o show com a banda Os Filhos da Bahia neste domingo (28), na Arena Anhangabaú, o músico Reinaldo ressaltou a importância de poder voltar aos palcos após a pandemia, principalmente por estar ao lado do filho, Zaia. “Essa coisa de sair do isolamento, e com os filhos e os pais, mostra mais ainda como a arte vai, ela empurra, ela prolifera”, disse. Reinaldo ainda elogiou a Virada e a cidade. “São Paulo é uma cidade fantástica e eu sou fã de São Paulo porque, ao se falar de cultura, a gente tem que falar de São Paulo. Todas as artes realmente brotam aqui de forma muito bacana”, destacou.

Bastante animada ao fim da sua apresentação neste domingo na Arena Campo Limpo, na Zona Sul, a cantora de forró Solange Almeida disse que fez um show incrível e que estava muito feliz por voltar à Virada Cultural. “Quero agradecer à Prefeitura de São Paulo, à Subprefeitura do Campo Limpo e à Secretaria da Cultura, por esse evento tão lindo, que trouxe tanta alegria, tanta coisa boa para esse povo”, disse.

Márcio Victor, líder da banda Psirico, que foi uma das atrações da Arena Brasilândia, conta que começou sua carreira na Virada Cultural e que quer retornar ao evento nos próximos anos. “Estou muito emocionado. Eu comecei a minha carreira musical aqui na Virada. Voltar com um show lotado e todo mundo cantando as músicas é um dos maiores presentes que eu posso ganhar”, disse. “Agradeço ao público que veio e espero voltar mais vezes”, garante o cantor.

Assim como na edição passada, a Virada Cultural deste ano preza por oferecer, tanto à população quanto aos artistas, o sentimento de se ver como protagonista, independente da linguagem ou manifestação expressa. Um dos maiores eventos culturais da capital paulista, a Virada está presente em todas as regiões da cidade, valorizando as mais diversas realidades que compõem a nossa São Paulo.

“Tô muito feliz de fazer parte [da Virada Cultural], de cantar aqui dentro de uma periferia, de onde eu vim e trazer o funk do Rio de Janeiro para cidade de São Paulo”, apontou a funkeira Lexa, que foi uma das atrações da Arena Campo Limpo.

A agenda do evento reuniu grandes artistas, trazendo referências do samba ao funk, do pop ao hip hop, passando pelo forró e sertanejo.
“Esse projeto é lindo. Tinha que ter no Brasil inteiro e as pessoas tinham que ter a cabeça aberta para que isso acontecesse. Obrigado a todos que se agitaram para fazer isso acontecer não só nesse polo [Arena Brasilândia], mas em todos os outros que estão rolando em São Paulo”, afirmou o músico Marcelo Falcão.

Ao todo, foram 12 arenas espalhadas por todas as regiões da cidade. Sendo elas: Capela do Socorro (Zona Sul), Campo Limpo (Zona Sul), Heliópolis (Zona Sul), M’Boi Mirim (Zona Sul), Parelheiros (Zona Sul), Brasilândia (Zona Norte), Parada Inglesa (Zona Norte), Cidade Tiradentes (Zona Leste), Itaquera (Zona Leste), São Miguel Paulista (Zona Leste), Butantã (Zona Oeste) e o Vale do Anhangabaú e seu entorno (Centro).

Público da Virada Cultural do Pertencimento lotou os espaços nas regiões periféricas de São Paulo

SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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