Consórcio responsável foi multado em R$ 118 milhões e futuro do Monotrilho segue em aberto
Na segunda-feira (22), o Governador Tarcísio de Freitas adicionou mais um capítulo do polêmico Monotrilho da Linha 17-Ouro, que ligaria a estação Morumbi, na Linha 9-Esmeralda ao Aeroporto de Congonhas, ao anunciar a rescisão do contrato com o Consórcio Monotrilho Ouro, composto pelas construtoras Coesa e KPE, devido aos atrasos da obra, que deveria ser entregue para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, e que agora Tarcísio demonstrou que as obras devem realmente ficar prontas somente em 2026.
Inicialmente, o monotrilho foi idealizado para ir até o Estádio do Morumbi, em 2010. Mas conforme os projetos foram avançando, foi-se estabelecido que o Monotrilho iria somente até a Marginal Pinheiros, na altura da Ponte do Morumbi, por reinvindicações de moradores locais das regiões que o Monotrilho passaria até chegar ao então destino final.
O Consórcio será multado em R$ 118 milhões e será proibido de firmar novos contratos públicos pelos próximos dois anos, segundo o Metrô. Não foi a primeira vez que o contrato de licitação foi rescindido. A primeira empresa a assumir as obras foi a fabricante de trens da Malásia, Scomi, mas decretou falência, passando a responsabilidade às construtoras Andrade Gutierrez e CR Almeida, ao qual romperam contrato em 2016.
“Diante do atraso injustificado no cronograma de execução das obras, o governo do Estado e o Metrô vinham exigindo um plano de recuperação dos prazos. As exigências se intensificaram a partir de janeiro e, diante da morosidade da contratada em demonstrar sua capacidade de retomar o ritmo das obras, o Metrô concluiu o processo de rescisão contratual”, disse o Metrô em nota.
Porém, dadas as circunstâncias, as obras estão 80% concluídas, e o Metrô está pensando em três alternativas para seguir adiante: Contratar uma das empresas remanescentes classificadas na licitação realizada; passar a responsabilidade para a operadora administrar a Linha 17-Ouro futuramente ou Nova licitação.
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