Segundo o Procon, 54 pessoas estavam dentro da casa noturna Bahamas, localizada na Rua dos Chanés. O dono da boate, o empresário Oscar Maroni, foi autuado por infração de medida sanitária preventiva. A Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo recebeu mais de 23 mil denúncias de aglomerações, festas clandestinas e falta do uso de máscara apenas nos primeiros 15 dias do mês de março
Na noite da última quarta-feira (17), a Polícia Civil fechou uma famosa boate do bairro de Moema. Localizada na Rua dos Chanés, a Boate Bahamas funcionava no Bahamas Hotel Club.
Segundo o Procon, 54 pessoas estavam dentro da casa noturna. Apenas oito eram frequentadores e o restante são funcionários. No entanto, a maioria das pessoas estava sem máscara. Participaram da ação: policiais militares e civis, integrantes do Procon e da Vigilância Sanitária. Eles chegaram ao local após receberem uma denúncia anônima.
“Ali dentro a Vigilância Sanitária constatou, realmente, que se enquadrava em desrespeito às normas da Vigilância Sanitária, durante período de pandemia. Portanto, estão sendo encaminhados, as pessoas, os responsáveis pela casa. A Vigilância determina que dissipe a aglomeração”, disse Eduardo Brotero, delegado da Polícia Civil.
De acordo com o dono da casa noturna, o empresário Oscar Maroni, no local funciona um hotel e não uma boate. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, “o empresário foi autuado por infração de medida sanitária preventiva. O local foi preservado até a chegada de equipes do Instituto de Criminalística (IC), responsável pela perícia. A Polícia Civil prossegue com as investigações”.
DENÚNCIAS DE AGLOMERAÇÕES
A Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo recebeu mais de 23 mil denúncias de aglomerações, festas clandestinas e falta do uso de máscara apenas nos primeiros 15 dias do mês de março.
As 23.315 denúncias representam uma denúncia recebida a cada 56 segundos ou 1.554 denúncias registradas por dia.
Essa explosão de reclamações é muito diferente do ano passado quando, em agosto, o órgão estadual recebeu apenas 1.521 denúncias de aglomerações.
“Nosso telefone está de uma forma assustadora. O que a gente avalia? Primeiro, as notícias de recrudescimento da doença. A falta de hospitais, a falta de leitos de internação, de UTI. Isso tudo está levando a população a ficar mais atenta. Ela também está se sentindo bastante vulnerável. Então, o que ela está vendo, está reportando”, disse a diretora do Centro de Vigilância Sanitária (CVS), da Secretaria Estadual da Saúde, Maria Cristina Megid.
Qualquer munícipe pode reclamar sobre o desrespeito as regras da pandemia pelo telefone: 0800 771 3541.
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