Entre 6 e 19 de março, apenas serviços essenciais podem funcionar no Estado de São Paulo. A intenção é evitar aglomerações e conter o avanço da pandemia da Covid-19. O Brasil chega ao estágio mais crítico da pandemia e atingiu um novo recorde: 1.910 mortes em 24 horas, totalizando 259.271 brasileiros perdidos para o coronavírus
Entre os dias 6 e 19 de março, todo o Estado de São Paulo entra para a Fase Vermelha do Plano São Paulo. A medida foi imposta pelo Governo do Estado para conter o avanço dos casos de Covid-19, já que todo o Brasil chegou ao estágio mais crítico da pandemia, desde 2020.
De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), na última quarta-feira (3), o país atingiu um novo recorde: 1.910 mortes em 24 horas, totalizando 259.271 brasileiros perdidos para a Covid-19.
“Estamos em São Paulo e no Brasil à beira de um colapso na saúde. Isso exige medidas urgentes e coletivas. São 14 dias de fase vermelha. Vamos enfrentar as duas piores semanas da pandemia no Brasil desde março do ano passado”, afirmou o governador João Doria.
Portanto, entre 6 e 19 de março, apenas alguns comércios e serviços estão autorizados a funcionar:
- igrejas
- escolas
- bancos
- lotéricas
- farmácias
- mercados
- padarias
- hotelaria
- indústrias
- feiras livres
- lavanderias
- construção civil
- bancas de jornal
- serviços de saúde
- lojas de conveniência
- postos de combustíveis
- transporte público ou por aplicativo
- serviços de segurança públicos e privados
“Os serviços essenciais precisam cumprir protocolos sanitários rígidos, como fornecimento de álcool em gel, aferição de temperatura, ventilação de ambientes, controle de fluxo de público e horário diferenciado para abertura e fechamento”, informou o Governo de SP.
Os comércios que estão proibidos de abrir são: academias, salões de beleza, cinemas, teatros, shoppings, lojas de rua, concessionárias, escritórios e parques. Restaurantes e outros comércios não essenciais só podem funcionar em sistema de delivery, drive-thru e retirada na porta.
O toque de restrição, que vigora desde o dia 26 de fevereiro e acontece até 14 de março, também mudou: antes os munícipes não podiam circular pelas ruas entre às 23h e 5h, mas a partir do próximo sábado (6) o horário será das 20h às 5h.
Neste mês de março, o Governo de São Paulo pretende abrir 500 leitos, para reduzir a pressão nos hospitais. Serão: 339 leitos em UTIs e 161 leitos em enfermarias.
No Estado de São Paulo, a última quarta-feira (3) também foi dia de recorde: 17.269 pacientes internados com suspeita ou confirmação da doença. No dia anterior, o registro era de 16,6 mil internados.
“Essa segunda onda da Covid-19 atinge todo o Brasil e em 24 horas nós perdemos aqui quase 500 pessoas por dia. Só ontem [dia 2 de março] foram 468 mortes, um recorde desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas a Central de Regulação de Vagas da Secretaria estadual da Saúde recebeu 901 pedidos para internação de leitos de UTI e enfermaria. Na prática, isso quer dizer que São Paulo encaminhou um paciente a cada dois minutos para hospitais públicos ou particulares no estado de São Paulo”, disse Doria.
A Governo estadual ainda alega que no 15 dia de março, provavelmente, o sistema de saúde pode entrar em colapso.
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