Zona Sul registra mais de 3 mil óbitos por Covid-19, mostra mapa dos distritos

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Além da grande quantidade de óbitos por Covid-19, a Zona Sul ainda é a região com a maior taxa de prevalência para o vírus: de acordo com Inquérito Sorológico realizado pela Prefeitura para mapear quem já esteve em contato com o vírus, 16% dos moradores que moram na região Sul da cidade já foram infectados pela Covid-19


Um novo mapa das mortes por Covid-19, divulgado pela Prefeitura, mostra que a Zona Sul da capital paulista registrou 3.298 mortes (confirmadas e suspeitas), até o dia 03 de agosto.

Seguindo as análises anteriores, os distritos da periferia são os que mais contabilizam óbitos: foram 12 mortes em Marsilac, 49 no Socorro, 97 em Moema, 113 em Santo Amaro, 115 no Campo Belo, 121 no Itaim Bibi, 127 em Campo Grande, 134 em Pedreira, 156 em Parelheiros, 206 no Campo Limpo, 229 em Cidade Dutra, 299 no Jabaquara, 314 no Jardim São Luís, 319 na Cidade Ademar, 320 no Capão Redondo, 327 no Jardim Ângela e 360 no Grajaú.

Além da grande quantidade de óbitos por Covid-19, a Zona Sul ainda é a região com a maior taxa de prevalência para o vírus: de acordo com a Fase 2 do terceiro Inquérito Sorológico realizado pela Prefeitura para mapear quem já esteve em contato com o vírus, 16% dos moradores que moram na região Sul da cidade já foram infectados pela Covid-19.

No geral, a cidade de São Paulo tem 1,32 milhão de pessoas imunes já que 11,1% dos habitantes já tiveram a Covid-19. Na Fase 2 do Inquérito Sorológico também foi possível diagnosticar em quais grupos há prevalência da Covid-19:

• em pessoas com mais de 65 anos (13,9%);
• em pessoas de cor parda e preta (14,1%);
• em pessoas que estão desempregadas (15,1%)
• em pessoas com renda na faixa de Classe E (17,7%);
• em pessoas que não aderiram ao distanciamento social (25,2%);
• em pessoas que moram com 5 ou mais pessoas na mesma casa (11,7%);
• em pessoas que tem apenas o Ensino Fundamental (16,4%), enquanto nas outras fases a maioria nunca tinha estudado.

“O vírus está jogando luz sobre a desigualdade que nós temos na cidade de São Paulo. É 4 vezes maior a incidência do coronavírus na Classe D do que na Classe A, ou seja, quem é mais pobre tem mais chance de pegar o vírus. É mais do que o dobro a incidência do vírus sobre quem tem somente o Ensino Fundamental quando comparado a quem tem Ensino Superior. A população com menos instrução pega mais o vírus na cidade de São Paulo. E a questão da desigualdade racial: quem é da cor preta ou parda tem 60% mais chance de pegar o vírus na cidade do que quem é de cor branca”, reflete o prefeito Bruno Covas.

No Estado de São Paulo foi confirmada uma leve queda nas mortes (8%) e internações (2,5%) por Covid-19 pela segunda semana seguida.

“Na semana de 19 a 25 de julho, o estado registrou um total de 1.870 óbitos por coronavírus. Já entre os dias 26 de julho e 1 de agosto, o número caiu para 1.719. A comparação entre os períodos de 12 a 18 de julho e de 19 a 25 de julho, já havia apontado redução de 4% nas mortes. Entre os dias 15 e 25 de julho, 12.874 pessoas foram internadas com coronavírus em todo estado. Na semana subsequente foram registradas 12.551 internações, ou seja, 323 pacientes a menos. A comparação entre as semanas de 19 a 25 de julho e 12 a 18 de julho já havia indicado queda nas internações. A redução havia sido de 4% na cidade de São Paulo e também de 4% no estado”, informou o Governo do Estado.


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