Vem aí o espetáculo ‘Enquanto você voava, eu criava raízes’ no Sesc Santo Amaro

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Na trama, a partitura de corpos traça uma jornada interna de conhecimento e dor


Há mais de 25 anos atuando juntos, a dupla André Curti e Artur Luanda criaram o primeiro espetáculo, em 1998, chamado ‘Dos à Deux’, que mais tarde se tornaria o nome da companhia.

No mais recente espetáculo da dupla, ‘Enquanto você voava, eu criava raízes’, traz esse arranjo para tratar o medo como um propulsor, um sentimento, uma sensação que nos paralisa, mas também nos lança para outros caminhos. Com realização do Sesc SP, pela primeira vez na cidade, o trabalho faz temporada no Sesc Santo Amaro, de 3 de março a 2 de abril de 2023. Sextas, às 21h; sábados, às 20h e domingos às 18h. Ingressos entre R$ 12 e R$ 40.

Sem uma dramaturgia linear, o espetáculo tem diversas cenas que se completam e transitam entre o onírico e a realidade. O corpo é o guia da partitura e a fonte de leitura do trabalho. Por ele, mergulhamos no diálogo do medo e sua transformação.
“Para mim, nesse espetáculo, ficamos na beira do abismo desde o início”, diz André. “São os abismos que temos dentro de nós, essa sensação de vazio permanente, de que há algo dentro se abrindo e um outro eu está caindo dentro da gente”, completa Artur.

A narrativa visual acontece na relação precisa entre imagens, fisicalidade e virtuosidade. Na cena, dois corpos que se fundem e se perdem. Nos estranhamos tanto a ponto de nos perdermos no próprio reconhecimento? As imagens dos corpos são marcadas pela dor e pesar, mas ainda assim há um caminhar, seguir em frente. Uma tela se interpõe entre plateia e artistas e cria o ilusionismo: corpos se fundem, se prolongam, ficam em partes ou menores; equilibram-se no ar ou entre si.
É um espetáculo sensorial e nos toca ao tratar de múltiplos medos “espaços íntimos de sensações”, como disseram os criadores. Na sequência de cenas, alguém parte e outro fica. Dois pontos que se completam como processo de conhecimento. Um corpo que se levanta e é cuidado para prosseguir.

As imagens projetadas, criadas pelo diretor de fotografia Miguel Vassy e pela artista plástica Laura Fragoso, dialogam com a dramaturgia, assim como a música original criada por Federico Puppi, que ajuda a criar diversos climas ao longo do espetáculo.

FICHA TÉCNICA

Direção, dramaturgia, coreografia, cenografia e performance: André Curti e Artur Luanda Ribeiro
Música original: Federico Puppi
Iluminação: Artur Luanda Ribeiro
Cenotecnia: Jessé Natan
Assistentes de cenotecnia: Bruno Oliveira, Eduardo Martins e Rafael do Nascimento
Criação de objetos: Diirr
Criação videográfica: Laura Fragoso
Imagens: Miguel Vassy e Laura Fragoso
Figurino: Ticiana Passos
Operação de som e vídeo: Gabriel Reis
Operação de luz: PH
Contrarregragem: Iuri Wander
Preparação/criação percussiva: Chico Santana
Costura da caixa preta: Cris Benigni e Riso
Costura dos figurinos: Atelier das Meninas
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Mídias sociais: Mariã Braga
Designer gráfico: Bruno Dante
Fotos: Nana Moraes e Renato Mangolin
Coordenação administrativo-financeira: Alex Nunes e Patrícia Basílio
Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela – Galharufa Produções
Realização: Cia Dos à Deux


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposul

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