Útero de substituição: uma alternativa para mulheres que sonham em ser mães e passam por dificuldades em gestar

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Segundo médico especialista em reprodução humana, o método é “uma alternativa na medicina reprodutiva para se ter um bebê com as suas características genéticas”


Quem assiste a novela “Amor de Mãe” (TV Globo) está acompanhando o drama vivido por Camila (Jessica Ellen), que sofreu um aborto espontâneo e, além de perder o bebê, teve que retirar o útero. Na trama, o próximo passo será procurar uma barriga solidária ou útero de substituição, como é conhecido na medicina reprodutiva.

O procedimento é uma alternativa para quem sonha em ter um filho, mas passou por algum problema de retirada de útero, apresenta contra-indicação para gestar e também para casais homoafetivos.

“Este caso da novela mostra que após perder o útero, a única alternativa para ter um filho é a adoção. E não é verdade. O uso da técnica é indicado para mulheres que perderam o útero por histerectomia ou não possuem o órgão por um defeito congênito, que de fato impede uma gestação própria. Assim, podem recorrer ao útero de substituição, como uma alternativa na medicina reprodutiva para se ter um bebê com as suas características genéticas”, explica o médico especialista em reprodução humana, Matheus Roque.

No Brasil, para conseguir uma barriga solidária, a mulher deve pertencer à família de um dos pais do bebê. Esse parentesco deve ser até 4º grau, incluindo mãe, irmã, tia, avó e prima. Não havendo uma parente para ser a barriga solidária, é necessário uma autorização do Conselho Regional de Medicina (CRM) para que alguém sem vínculo familiar possa ser o útero de substituição.

O primeiro passo para uma gravidez através de barriga solidária acontece por meio da assinatura de um termo de consentimento informando a responsabilidade da gestante entregar o bebê aos seus pais biológicos, e dos pais cobrirem todos os procedimentos e acompanhamentos médicos durante a gravidez, como pré-natal, além de assistência psicológica dos pais e da doadora. É necessário uma adequada avaliação clínica, ginecológica e psicológica da mulher que será a barriga solidária.

“Após esse passo, é hora de fertilizar os óvulos aspirados da mãe e os espermatozoides do pai por meio da fertilização in vitro. Assim, o embrião é implantado dentro do útero de substituição e após a confirmação da gestação, é só acompanhar os meses e esperar o bebê nascer”, pontua o médico.

Caso a mulher também tenha algum problema identificado nos ovários, é possível recorrer à doação de óvulos para essa gestação, assim como no caso de casais homoafetivos masculinos.


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