Série audiovisual resgata as tradições, histórias e costumes da etnia Guarani Mbya, relatadas sob a perspectiva de lideranças indígenas desse grupo, e leva o público a conhecer sua concepção de mundo, técnicas de agricultura e discute a atuação das mulheres indígenas em comunidade
O Sesc São Paulo, que possui atuação ampliada na internet, reforça o convite para o público acompanhar a programação gratuita nas plataformas digitais. As ações seguem ativas nas redes sociais, além da instituição ter disponível um acervo de destaques com caráter multidisciplinar, audiovisual e textual, em continuidade aos projetos que a instituição vem desenvolvendo ao longo dos últimos meses com múltiplas linguagens abordadas.
De 6 a 20 de abril, mês em que a cultura e diversidade indígena é ainda mais evidenciada, a programação do Sesc Santo Amaro divulga uma série de vídeos gravados com conteúdos especiais, produzidos a partir da visão de lideranças Guarani e subgrupo Mbya. A proposta consiste em resgatar o modo de viver em comunidade dos seus indivíduos, a importância da demarcação de terras e a garantia, não só da existência objetiva, como também uma subjetividade ligada às tradições e continuidade de sua cultura.
O subgrupo indígena Guarani Mbya faz parte do grupo Guarani, que habita algumas partes da região meridional da América do Sul, localizados em determinadas áreas do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Em São Paulo, as terras nativas dos Mbya estão situadas principalmente nas faixas litorâneas, como Ubatuba, Mongaguá, ao norte e ao sul da capital, especificamente na região do Pico do Jaraguá e de Parelheiros.
São três exibições sempre às terças-feiras, às 12h; a primeira, Histórias Guarani Mbya, no dia 6, expõe ao público uma visão sistêmica sobre as peculiaridades desse grupo, suas tradições passadas de geração a geração e as concepções de mundo por meio da fala de um integrante da aldeia. Com Timóteo da Silva Verá Popygua, coordenador da Comissão Guarani Yvyrupa e Cacique da aldeia Guarani Takuari, localizada na região do Vale do Ribeira em Eldorado – SP. Ele também é o autor do livro “Yvyrupa: a terra uma Só” (Ed. Hedra, 2017).
Em “Mulheres indígenas mudando a história de TI Temondé Porã”, que acontece dia 13, as experiências de vida em comunidades lideradas por mulheres são retratadas pela ótica feminina, com o objetivo de ampliar a visibilidade destas e apresentar novas formas de organização e articulação nas aldeias. Com Jerá Guarani, liderança Guarani Mbya das Terras Indígenas Tenondé Porã localizadas em Parelheiros e Marsilac, no extremo sul da cidade de São Paulo – SP. Há mais de dez anos, Jerá luta pela demarcação de terras e resgate das tradições de seu povo, sendo reconhecida pelo seu protagonismo e resistência.
Dia 20, é a vez de “Agricultura Tradicional Guarani Mbya”, que encerra esta série de três exibições virtuais. Baseada na preservação de reservas florestais e o cuidado com a natureza, o material audiovisual é um recorte sobre as culturas tradicionais agrícolas que vem sendo resgatadas ao longo dos anos, somadas aos recentes conhecimentos e avanços na produção de alimentos adquiridos pelos índios Guarani. Com Sérgio Popygua, integrante da comunidade Guarani Mbya, que fica na aldeia e terra indígena Aguapeú, localizada em Mongaguá – SP.
EXIBIÇÃO: HISTÓRIAS GUARANI MBYA – COM TIMÓTEO DA SILVA VERÁ POPYGUA
Quando: já disponível
Onde: Youtube do Sesc Santo Amaro (https://fb.watch/4JvSsVMrBT/)
Classificação: Livre | Gratuito
EXIBIÇÃO: MULHERES INDÍGENAS MUDANDO A HISTÓRIA DA TI TIMONDÉ PORÃ
Quando: dia 13 de abril | às 12h
Onde: Youtube do Sesc Santo Amaro
Classificação: Livre | Gratuito
EXIBIÇÃO: AGRICULTURA TRADICIONAL GUARANI MBYA
Quando: de 20 de abril | às 12h
Onde: Youtube do Sesc Santo Amaro
Classificação: Livre | Gratuito
SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br