Retirada de lixo flutuante do Rio Pinheiros cresce 28% em outubro

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Créditos: Divulgação/Governo do Estado

Em relação ao ano passado, são 837 toneladas a mais de resíduos removidos do rio em um mês; dado gera alerta para o descarte incorreto de materiais

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo registrou em outubro aumento de 28% na retirada de lixo flutuante do Rio Pinheiros em comparação ao mesmo período do ano passado. Somente em outubro de 2024, foram coletadas 3.785,99 toneladas de lixo, contra 2.948,85 toneladas no mesmo mês de 2023.

A retirada dos resíduos é realizada diariamente por meio de um barco que navega ao longo dos 25 quilômetros de extensão do Pinheiros. Após a coleta, os detritos são levados para um local chamado “área de rebaixo” (onde são depositados para secar) e, depois, colocados em caçambas e encaminhados para aterro sanitário.

O Rio Pinheiros é dividido em dois canais: superior (15 km) e inferior (10 km). O primeiro começa na Usina de Pedreira, perto da represa Billings, e segue até a Usina São Paulo (antiga Usina de Traição), localizada ao lado da estação Vila Olímpia de trem e no encontro da Avenida dos Bandeirantes com a Marginal Pinheiros. Já o canal inferior se estende da Usina São Paulo até o encontro com o Rio Tietê, na Estrutura de Retiro (próximo ao acesso para a Rodovia Castello Branco). As remoções acontecem nos canais com o auxílio de sete barcos.

Toda essa poluição difusa (que pode vir de diferentes lugares) chega ao rio por meio das chuvas, que acabam arrastando a sujeira jogada nas ruas até a bacia do Pinheiros, ou por ação humana com o lançamento do lixo direto no rio. Jaguaré, Itaim Bibi, Morumbi, Guarapiranga, Vila Olímpia, Panamby e Capão Redondo são alguns dos bairros próximos ao afluente de onde podem vir os detritos.

“É imprescindível reforçar a importância da colaboração da sociedade para a ação de despoluição do rio Pinheiros. Medidas simples como a realização do descarte adequado do lixo são essenciais à manutenção da limpeza do rio. A retirada do lixo flutuante traz impactos positivos para toda a comunidade e a fauna e a flora do rio e seu entorno”, afirmou Camila Viana, subsecretária de Saneamento e Recursos Hídricos da pasta.

Entre os detritos campões de retiradas estão garrafas pet, isopor (marmitas, por exemplo) e brinquedos (como bolas e bonecas). Objetos com volume maior também são vistos com frequência, como sofás e colchões. Coletas inusitadas estão mochilas, capacetes e bicicletas.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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