Professor de Surf Skate sofre injúria racial no Parque Ibirapuera por capitão da marinha 

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O Capitão da Marinha foi liberado para ser custodiado por outros oficias da patente


O professor de Surf Skate Jagner Macedo Santos foi chamado de ‘preto de merda’ pelo Capitão da marinha Joanesson Stahlschmidt na sexta-feira (2), no parque Ibirapuera, durante uma discussão. Jagner Macedo e outros skatistas estavam na área do parque conhecida como ‘Ladeira da preguiça’, área muito utilizada pelos skatistas do parque, quando o ciclista Joanesson passou a utilizar o local.

Ao ver o uso incorreto do local, Jagner alertou o ciclista que não era permitida a entrada de bicicletas onde estavam, pois poderia causar acidentes entre os frequentadores, portanto deveria se retirar. Assim iniciou-se uma discussão entre os dois. Quando Joanesson subiu na bicicleta para ir embora, por duas vezes, xingou o Jagner de ‘preto de merda’, ação que foi registrada por celulares de pessoas que transitavam pelo parque.

Ao ouvirem a ofensa, pessoas que acompanhavam a confusão foram atrás do oficial, que começou a ser agredido, “Eu ainda fui lá e tirei o pessoal, falei: ‘Não bate nele”, diz Jagner. Após o ocorrido, o oficial foi liberado para ser custodiado por outros oficiais da marinha.

O Grupo Sul News entrou em contato com Jagner Macedo, questionado sobre a liberação do oficial, ele afirma: “é inaceitável, mas vamos para cima, o que importa é que o processo foi iniciado e vamos para frente”. O oficial alegou que antes de tudo acontecer, havia sido ofendido e ameaçado pelos skatistas, Jagner respondeu que não procede. “Eu e os outros apenas instruímos ele umas seis vezes, porque tinha gente descendo. Só orientamos ele”.

O Grupo Sul News também tentou contato com a defesa de Joanesson mas não recebeu retorno. Em nota a marinha respondeu: “A Marinha do Brasil (MB), por meio do Comando do 8º Distrito Naval, informa que tomou conhecimento sobre uma ocorrência policial envolvendo um militar desta Força, no bairro do Ibirapuera, São Paulo. A ocorrência é objeto de inquérito policial no âmbito da Justiça comum, a qual irá apurar as circunstâncias do fato. Ressalta-se que a Marinha do Brasil não corrobora com o ocorrido e reitera seu firme repúdio a quaisquer atos de intolerância, prezando para que os preceitos da conduta ético-militar sejam mantidos por seus integrantes dentro e fora de suas organizações”.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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