Prefeitura atua para manter cultura indígena em São Paulo

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Na cidade de São Paulo vivem cerca 12.977 pessoas autodeclaradas indígenas, das quais 3 mil estão em aldeias demarcadas nos bairros do Jaraguá e de Parelheiros, e as demais em contexto urbano, segundo o último Censo do IBGE. Ainda de acordo com o IBGE, São Paulo é o 4º município com maior população indígena (população absoluta) no Brasil.

Em 2021 foi instituído em São Paulo o Agosto Indígena, mês dedicado à celebração dos povos originários e à conscientização da população sobre os seus direitos e a importância de preservar e fortalecer suas ancestralidades, além de promover seus espaços de protagonismo.

Para comemorar o Agosto Indígena, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) e a sua Coordenação dos Povos Indígenas (Copind) publicam uma série de vídeos nas redes sociais, com depoimentos de lideranças que vivem no município de São Paulo.

Uma das participantes da série é a cacique do povo Itawera, Maria dos Santos, que vive na Terra Indígena Jaraguá. Ela lembra a importância da preservação da cultura dos povos indígenas e de suas reivindicações.

“Acho muito importante as lideranças da capital estarem em contato com o Governo, com a Prefeitura, com as secretarias, porque lutamos pelo reconhecimento do povo indígena que mora na capital. A gente quer que ouçam nossas demandas. Acho importante abrir a mente da população para proteger a natureza. Não precisamos de luxo para viver, o que queremos é paz”, afirma.

Avani Florentino de Oliveira, do povo indígena Fulni-ô, de Pernambuco, é presidente do Conselho Municipal Indígena, e destaca as conquistas da população indígena na cidade de São Paulo, onde vive há 34 anos.

“A luta por avançar nas reivindicações também é dos indígenas que vivem fora das aldeias. O Conselho Municipal é importante. Por meio dele foi possível levar a vacina da Covid não só para as aldeias, mas também para toda a população indígena que vive na cidade”.
Ressalta, ainda, como um espaço importante de conquista, a aprovação da Lei 11.645, de 10 de março de 2008, que determina que todos os estabelecimentos do Ensino Fundamental e Médio, públicos e privados, ensinem a história e a cultura indígena e afro-brasileira para os alunos.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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