Prática de exercícios em ambientes secos e poluídos pode prejudicar a saúde

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Créditos: Freepik

Aumento da frequência respiratória durante atividades físicas leva à inalação de uma quantidade maior de poluentes, o que pode agravar problemas respiratórios

O Brasil enfrenta um período severo de estiagem, com queimadas em diversas regiões, o que agrava significativamente a qualidade do ar em muitos estados. Além disso, índices de umidade muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é entre 40% e 70%, tornam o ar mais seco e potencialmente nocivo. As ondas de calor elevam as temperaturas e para os atletas, mesmo amadores, que se exercitam ao ar livre, esse cenário pode ser preocupante, com impactos na saúde respiratória.

Isso porque a poluição do ar, composta por partículas finas, ozônio e dióxido de nitrogênio, é responsável por agravar ou desencadear problemas respiratórios, como asma, bronquite e até quadros mais graves, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

“Estudos apontam que para quem pratica atividades físicas nessas condições extremas, a situação se intensifica”, destaca André Albuquerque, coordenador da pneumologia da Rede D’Or São Paulo.

Segundo o especialista, durante o exercício, o aumento da frequência respiratória faz com que mais partículas nocivas sejam inaladas, penetrando profundamente nas vias aéreas e nos pulmões. “Isso pode desencadear uma resposta inflamatória nas mucosas nasais, trato respiratório e alvéolos pulmonares, agravando doenças respiratórias pré-existentes, como a asma”, alerta.

Para reduzir esses riscos, especialistas recomendam que os atletas evitem exercícios ao ar livre em horários de pico de poluição ou quando a umidade do ar estiver muito baixa (menor que 40%), além de priorizar uma alimentação rica em antioxidantes.

O uso de máscaras também pode ajudar a reduzir a quantidade de partículas inaladas. Com a qualidade do ar em níveis críticos, é essencial que a prática esportiva seja adaptada às condições climáticas, priorizando sempre o bem-estar respiratório. “A prevenção é fundamental para evitar danos maiores à saúde. Manter-se hidratado, preferir horários de menor concentração de poluentes, como no início da manhã, e optar por atividades em ambientes fechados são medidas essenciais. Ao notar qualquer alteração no sistema respiratório, é importante buscar atendimento médico”, reforça o pneumologista.


 SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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