Por que a cibersegurança proativa é indispensável no atual ambiente de ameaças

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Nos últimos anos, uma tendência preocupante tem sido observada no tratamento da cibersegurança: em vez de atuar na prevenção e buscar soluções antes de os problemas surgirem, tanto os indivíduos quanto as companhias e os governos têm preferido agir (ou, melhor dizendo, reagir) apenas quando os danos já foram feitos. E o resultado, por óbvio, não é nada satisfatório.

Por sorte, após os últimos vários episódios catastróficos de violações contra alvos de alto nível no mercado (como as empresas Yahoo, OPM e SolarWinds), a ineficácia dessa postura meramente defensiva tem sido posta à prova e, aparentemente, a perspectiva geral está prestes a mudar para uma abordagem mais proativa da segurança cibernética.

O que é exatamente a cibersegurança proativa?


Contrário ao que muitos podem pensar, a proatividade nos ambientes digitais não se resume apenas à aquisição da tecnologia mais recente ou do emprego de um corpo mais robusto de profissionais. Trata-se, acima de tudo, de desenvolver uma estrutura de segurança abrangente que incorpora medidas estratégicas de prevenção, como a criptografia, a autenticação multifatorial, o uso de diagnósticos contínuos e o planejamento para diferentes cenários.

Em sentido geral, portanto, ser proativo é uma postura de gerenciamento e mitigação de riscos capaz de gerar uma resposta rápida e efetiva quando diante de problemas. E, para conseguir isso, esse deve ser um processo em constante renovação e revisão – afinal, as ameaças do meio digital seguem em plena evolução.

Cibersegurança proativa para usuários comuns


Mas como aplicar esse conceito na vida cotidiana de um internauta comum? A resposta, decerto, depende da iniciativa própria dos usuários, que devem instalar ferramentas de segurança digital, buscar aprender mais sobre os riscos da internet e, claro, implementar medidas preventivas para as principais ameaças da rede.

Ferramentas essenciais

Uma das táticas mais recomendadas para os usuários da internet é ter instaladas (e atualizadas) em seus dispositivos algumas importantes ferramentas de segurança, como uma rede virtual privada (VPN) de qualidade e um bom software antimalware.

As VPNs são instrumentos capazes de criptografar sua conexão para evitar que terceiros mal-intencionados tenham acesso às suas atividades online, possuem também recursos adicionais, como por exemplo a Meshnet, que protege o acesso remoto a arquivos. Assim, elas são um recurso indispensável não somente para incrementar a segurança, mas também para salvaguardar a privacidade dos seus usuários.

Já os programas antimalware são essenciais para corrigir e prevenir problemas de infecção em seus aparelhos, sejam eles causados por arquivos, e-mails ou páginas maliciosas. Alguns dos maiores provedores antimalware oferecem inclusive serviços de acompanhamento ao vivo das ameaças da rede para melhor proteger sua navegação.

Conhecimento é poder


Mas não basta apenas usar essas ferramentas. Para poder lidar com os problemas da rede, decerto, é necessário também conhecê-los a fundo. Por isso, os especialistas recomendam que os usuários se eduquem o máximo possível sobre as ameaças mais comuns da internet e sobre como evitá-las.

Um exemplo clássico de aprendizado que é imperativo, neste sentido, é o conceito de golpe de phishing – a estratégia usada por criminosos para enganar os usuários com mensagens e e-mails falsos e, assim, roubar deles suas informações confidenciais (como dados bancários, senhas e logins) ou, ainda, infectar seus dispositivos com arquivos maliciosos.

Evitando os riscos

Por fim, como uma consequência direta do maior conhecimento das ameaças da rede, os usuários devem, então, adequar seus comportamentos virtuais para poder evitá-las. E para aqueles que pensam que essas mudanças devem ser radicais e complicadas, a boa notícia é que, na verdade, elas são bem simples.

O básico de uma excelente postura de cibersegurança se baseia em medidas triviais, como não reutilizar as suas senhas em múltiplas plataformas, ter cuidado redobrado ao baixar arquivos em e-mails cujos remetentes são desconhecidos, manter seus dispositivos sempre atualizados, e usar uma VPN sempre que estiver conectado a uma rede pública de Wi-Fi.

Com essas táticas bastante acessíveis, o usuário pode adotar uma postura mais proativa e se precaver contra os perigos mais corriqueiros da internet. Assim como nas grandes empresas, esse é o melhor caminho para escapar dos terríveis danos que podem atingir aqueles que, por pensar apenas na reação aos riscos, não agem em prol da prevenção.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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