Bandidos atiraram inúmeras vezes no cabo Fernando Flávio Flores, no último sábado (4), na porta de casa
O Ministério Público investiga se a ação criminosa que matou o cabo da ROTA, Fernando Flávio Flores, no último sábado (4), é uma retaliação contra a morte de 11 bandidos que tentaram assaltar bancos na cidade de Guararema, interior de SP, no dia 4 de abril.
A Polícia Civil também investiga se a morte do cabo tem relação com a facção criminosa PCC, o Primeiro Comando da Capital. Um outro policial da Rota, que atuava no mesmo Batalhão de Fernando, afirmou em depoimento que há seis meses ele foi ameaçado por um integrante do PCC, preso em 2012, apontado como uma das lideranças da facção na região Sul.
Um dia antes do PM ser assassinado, o Ministério Público realizou uma operação contra o PCC, em cinco estados, para investigar integrantes da facção que estavam pesquisando endereços de policiais e investigadores, com o intuito de matá-los.
Fernando Flávio Flores tinha 38 anos e foi morto na porta de sua casa, no bairro da Cidade Dutra. Imagens de câmeras de segurança mostram que Fernando estaciona o carro em frente da casa, desce do veículo para fechar o portão e entra novamente no carro. Neste momento, um outro veículo se aproxima, bandidos disparam inúmeras vezes e fogem em seguida. Do lado de fora do carro, a Polícia recolheu 45 cartuchos de balas.
Um veículo semelhante ao que foi usado pelos bandidos foi encontrado incendiado na região de Parelheiros e dentro havia cartuchos de fuzil.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, “O caso será investigado pela Polícia Civil por meio de inquérito policial com assessoramento do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa – DHPP. Equipes da Corregedoria, que investigam crimes contra policiais, acompanharão as investigações”.
O PM foi enterrado no último domingo (5), no Cemitério Campo Grande, região de Santo Amaro, e recebeu homenagens de centenas de policiais.