Cerca de 15,5% dos que moram em algum bairro longe do centro da capital não tem emprego formal, sendo que apenas 10% completou o Ensino Superior. Enquanto isso, 68,7% dos que moram no Centro Ampliado ficam com a maioria das vagas com carteira assinada
Apenas 10% da população que mora nos distritos mais pobres da Zona Sul tem o Ensino Superior completo. São os distritos de Cidade Ademar, Pedreira, Campo Limpo, Capão Redondo, Vila Andrade, Jardim Ângela, Jardim São Luís, Socorro, Cidade Dutra, Grajaú, Parelheiros, Marsilac, Santo Amaro e Campo Grande, que abrigam 2,72 milhões de habitantes.
Nessas regiões mais afastadas do centro também é grande a proporção de pessoas que não completaram o Ensino Fundamental: 41,4%.
Já no Centro ampliado, com bairros mais perto do centro da capital, a parcela de pessoas que completou o curso universitário é de 28,3%. São pessoas que moram na Vila Mariana, Saúde, Moema, Ipiranga, Cursino, Sacomã, Jabaquara e Campo Belo.
A Zona Sul também leva desvantagem na taxa de desemprego: é a região com o maior número de pessoas desempregadas. Cerca de 15,5% dos que moram em algum dos distritos longe do centro não tem emprego formal.
A taxa de pessoas empregadas chega a 68,7% no Centro Ampliado, já que justamente neste bairros são oferecidas a maioria das vagas com carteira assinada. Sendo assim, sobra empregos informais para a Zona Sul.
As informações são da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), que realizou a pesquisa “São Paulo diversa: uma análise a partir de regiões da cidade”, para “analisar atributos da população residente na Região Metropolitana de São Paulo e fenômenos no espaço urbano”.
Os participantes da pesquisa ainda afirmaram que, o Centro Ampliado possui maior infraestrutura de lazer, serviços bancários e hipermercados. Já as regiões Sul e Leste, tem menor quantidades destes serviços.
Das mais de 2.000 pessoas entrevistadas, 35% afirmam que só saem de casa para ir aos comércios nas imediações do bairro. Outros 22% não costumam sair de casa: 55% prefere o conforto do lar e 24%, a maioria na Zona Sul, reclamam que falta dinheiro para sair.
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