A Zona Sul também é a região que mais acredita que a implementação de políticas públicas pode promover a igualdade de direitos LGBTQIA+. O Dia 28 de Junho é conhecido como o Dia Nacional do Orgulho LGBTQIA+
O Dia 28 de Junho é conhecido como o Dia Nacional do Orgulho LGBTQIA+, em referência a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais ou travestis, queer (pessoas que não se identificam 100% com nenhum gênero), intersexo (pessoas que nascem com genitais de um sexo, mas tem sistema reprodutivo ou hormônios de outro) e assexuais (pessoas que não sentem atração sexual por nenhum gênero). O sinal de + faz referência a outras orientações sexuais e identidades de gênero.
Este dia foi estabelecido para a causa porque em 28 de junho de 1969, agentes policiais fizeram uma abordagem violenta a um grupo LGBTQIA+ que estava no bar Stonewall Inn, em Nova York, nos Estados Unidos.
Desde então, pessoas LGBTQIA+ de todo o mundo lutam por mais respeito. Em São Paulo, por exemplo, a luta continua.
De acordo com uma pesquisa da Rede Nossa São Paulo, 59% das pessoas já sofreram ou presenciaram preconceito pela orientação sexual ou identidade de gênero de alguém. Os espaços públicos, bares/restaurantes e escolas/faculdades são os locais mais relatados por quem já sofreu ou presenciou uma situação de preconceito.
Afunilando os dados, a pesquisa revelou que a Zona Sul de São Paulo, junto com a região Central, voltou a registrou crescimento na percepção de tolerância com a população LGBTQIA+.
Em 2018, cerca de 48% dos moradores da Zona Sul se mostraram tolerantes com a população LGBTQIA+. Em 2019, este número caiu drasticamente para 31%. Felizmente, em 2021 houve melhora: 42% dos moradores da Zona Sul se disseram tolerantes com a população LGBTQIA+. Enquanto isso, o número de intolerantes caiu de 31% em 2019 para 19% em 2021.
Além disso, a Zona Sul é a região que mais acredita que a implementação de políticas públicas pode promover a igualdade de direitos LGBTQIA+. Na região Sul, 42% das pessoas declararam que as políticas públicas são MUITO IMPORTANTES, registrando 16 pontos percentuais a mais do que em 2019.
No geral, as pessoas acreditam que as políticas públicas mais efetivas para promoção da igualdade de direitos para a população LBGTQIA+ na cidade de São Paulo são:
- promover campanhas de conscientização e inclusão (37%)
- aumentar as penas contra quem pratica atos discriminatórios contra a população LBGTQIA+ (35%)
- ampliar os serviços de proteção à população LGBTQIA+ em situação de violência (29%)
Porém, para 52% da população da cidade de São Paulo, a Prefeitura tem feito pouco para combater a violência contra a população LGBTQIA+. Na Zona Sul, essa também é a percepção de 52% dos moradores, enquanto 13% acreditam que a administração municipal está fazendo muita coisa.
“Embora a população esteja mais informada sobre a temática do que em 2019, a pesquisa mostra que a percepção sobre o nível de tolerância da cidade em relação à população LGBTQIA+ não mudou significativamente nos últimos anos. É possível notar uma diferença no perfil de quem sofreou ou presenciou alguma situação de preconceito devido à identidade de gênero ou orientação sexual e de quem não sofreou ou presenciou tais acontecimentos: enquanto o primeiro grupo é formado por quem tem 34 anos, por quem não têm uma religião, por não heterossexuais, e por quem é mais crítico em relação às medidas tomadas pela administração municipal para combater esse tipo de violência, o segundo grupo é composto por pessoas com mais de 45 anos, por homens cisgênero, por heterossexuais, quem se autodeclara da cor branca e por quem é da religião católica”.
SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br