Perigos na internet

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Os nomes atribuídos são fictícios, as histórias, infelizmente, são reais.


Ana Paula, 12 anos, numa tarde de setembro de 2019, estava navegando em uma de suas redes sociais, quando recebeu uma mensagem interessante vinda de um garoto chamado Gabriel, que parecia ser bonito e muito legal.  Logo a amizade dos dois começou a evoluir para um namoro online. Passaram se os meses e as conversas ficavam cada vez mais íntimas, até que o garoto lhe pediu que mandasse fotos sem roupa. O que Ana não sabia, era que por trás daquele perfil estava um pedófilo de 49 anos que transformaria a vida da garota em um inferno.  Com a promessa de divulgar suas fotos intimas para todos os seus amigos, ele a fez praticar coisas horríveis, como mutilar seu corpo, entre outras atrocidades.

Milhares de casos como esse acontecem todos os dias. Uma foto publicada, jamais será apagada.

Outra garota da mesma idade, mandou uma foto sem blusa para seu namoradinho, que imediatamente publicou na escola inteira, chegando até seu pai. A pressão social, o bullying, foram tão fortes que ela não aguentou e se suicidou.

Marcia, 35 anos, solteira, conheceu Carlos num aplicativo de namoro. Marcia entrou no carro do estranho porque achava que o conhecia bem. Ela foi assaltada, estuprada e morta. Seu corpo foi encontrado às margens da represa do Guarapiranga.

A internet é um registro histórico. Fotos e comentários apagados podem ser recuperados e rastreados.

Devemos nos perguntar qual é o limite da exposição de nossa vida pessoal para o mundo. Vale a pena expor nossa intimidade em troca de likes?

Certos cuidados também devem ser tomados com sites e aplicativos de namoro, como falar por vídeo, pesquisar a família da pessoa, nunca entrar no carro de alguém nos primeiros encontros, não marcar encontro em lugares vazios.

Você sabe quem são todas as pessoas que estão olhando para sua vida agora, através da internet?

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Janaina Rodrigues,
Escritora e professora de Língua Portuguesa


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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