Governo e Prefeitura querem evitar proliferação do coronavírus com a suspensão das aulas de 3,5 milhões de alunos da rede estadual e 1 milhão na rede municipal
As escolas públicas estaduais e municipais de São Paulo iniciaram hoje (16) uma paralisação gradativa das aulas, conforme determinaram Governo e Prefeitura para evitar contágio do coronavírus entre os alunos. Quem quiser ficar em casa nesta semana, como forma de prevenção, não terá faltas marcadas.
A partir da próxima segunda-feira (23) as aulas estão suspensas totalmente, por tempo indeterminado, para 3,5 milhões de alunos da rede estadual e 1 milhão na rede municipal. As escolas particulares foram orientadas pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo a também suspenderem as aulas gradativamente.
Segundo o secretário da Educação do Estado, alunos da rede estadual terão aulas online através de aplicativos. “Nós temos um aplicativo que devemos utilizar e nós vamos patrocinar a internet. Então, se o aluno tiver um celular em casa, isso está comprovado que nós temos mais celulares do que pessoas no nosso Estado, eles poderão assistir às aulas. Queremos ter, em duas semanas já no ar, um sistema que possa trazer aulas ao vivo, interatividade. Não é a substituição, mas é sim um caminho, para que neste período, especialmente se for alongado, ele tenha acesso conteúdos educativos e interação, inclusive, com seus colegas”, disse.
Na rede municipal, a Prefeitura estuda a questão da merenda, já que muitos alunos, principalmente bebês e crianças menores tem sua principal fonte de alimentação na escola. “Estamos trabalhando com duas possibilidades: o envio de cestas básicas para estas famílias e que elas próprias preparem esse alimento; a opção dois é a gente transferir recursos para estas famílias adquirirem esses alimentos no comércio local. A gente não vai deixar essas crianças desassistidas, nós vamos fornecer os alimentos para estas crianças”, garantiu o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano.
A paralisação gradativa das aulas serve para mães e pais se organizarem para que as crianças fiquem com algum outro responsável, que não seja alguém com mais de 55 anos, o que agrava o risco de contágio. “Nós não faremos uma interrupção das aulas de qualquer maneira. Tem que ter um planejamento com as famílias. Não adianta parar as aulas e as crianças ficarem com avô e avó que é o público que mais temos que nos preocupar”, disse Rossieli Soares, secretário da Educação do Estado.
Avós e avôs são considerados do grupo de risco na transmissão do coronavírus por causa da idade e das condições de saúde. Fazem parte do grupo de risco: pessoas com mais de 55 anos, asmáticos, pessoas com doença do coração, fumantes, diabéticos, hipertensos, quem tem insuficiência renal crônica e quem tem doença respiratória crônica.
De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na tarde de hoje (16), o Brasil tem 234 casos de coronavírus confirmados, sendo a maioria no Estado de São Paulo: 152.
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