Pandemia, insônia e saúde mental

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Ao longo da pandemia, muito se falou sobre o aumento dos sintomas relacionados à depressão e à ansiedade, modificando a vida de boa parte da população. Tem um ponto, no entanto, que precisamos prestar um pouco mais de atenção: o nosso sono.

Desde o início desse período tão delicado, vários profissionais da área da saúde mental bateram na tecla da manutenção da rotina.

Podemos fazer algumas modificações ao longo do nosso dia para minimizar a situação e melhorar a nossa noite de sono, como evitar consumir bebida alcoólica e produtos que tenham cafeína ou algum outro estimulante a partir de 6 horas antes de se deitar; realizar a última refeição de 1 a 2 horas antes de se deitar; garantir que o ambiente do seu quarto seja silencioso, com uma temperatura amena, que seja ventilado, que tenha o mínimo conforto possível; fazer exercício na parte da manhã, pois exercícios intensos à noite podem atrapalhar na hora de dormir; manter uma rotina do sono.

Precisamos associar o quarto ao local onde se dorme, o que, na quarentena, ficou confuso devido ao trabalho em home office. Muita gente passou a utilizar o quarto para ser também o escritório. Se esse é o seu caso, além de tentar manter as dicas acima, é importante também que se faça um relaxamento muscular ou uma meditação focando na respiração. Mas se você é daquelas pessoas que, na hora de dormir, se perde em mil e um pensamentos ao mesmo tempo, a técnica de parada de pensamentos pode ser muito útil. Em primeiro lugar, identifique esses pensamentos que te impedem de dormir; em seguida, dê uma ordem de pausa, como dizer em voz alta “pare”, e tente substituir os pensamentos por outros mais adaptativos.

Lembrando que essas são algumas das diversas formas que podemos utilizar para melhorar a nossa noite de sono. Se você sentir que nada está ajudando, não deixe de buscar ajuda médica.


MARIHÁ LOPES é psicóloga clínica, especialista em terapia cognitiva comportamental e psicologia social.

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