Ainda é muito cedo para compreendermos a amplitude dos efeitos causados pela pandemia da Covid-19 em todos os setores da economia e da sociedade. Isso é indiscutível. Mas será que devemos esperar pelo fim dos seus desdobramentos antes de iniciarmos mudanças importantes?
Como definiu muito bem a ONU, a educação é a chave para o desenvolvimento pessoal e para o futuro das sociedades, uma vez que abre oportunidades e reduz as desigualdades.
Refletindo sobre essa afirmação, não há como não se sensibilizar com a informação de que mais de 1 bilhão de estudantes em mais de 190 países foram impactados por escolas fechadas em razão da pandemia. Esta foi a maior interrupção da educação de todos os tempos.
Desde abril de 2020, temos acompanhado os noticiários nacionais alertando para a instabilidade financeira das famílias, refletindo na migração de milhares de estudantes das escolas privadas para as redes públicas municipais e estaduais.
Será que não há solução palpável para ajudar a equacionar uma crise sazonal, promovendo a estabilidade necessária para que as escolas privadas mantenham-se saudáveis financeiramente?
Em paralelo, o mercado de startups no Brasil vive um momento de otimismo, trazendo dinamismo para resolver uma série desses problemas – que incluem gestão educacional e instabilidade financeira das escolas. Um estudo realizado pelo Distrito, mostra que mais de US$ 3,5 bilhões foram investidos em startups brasileiras em 2020, o melhor ano da história do setor.
Por isso acredito que nós, como sociedade, devemos mobilizar ao máximo esses esforços e direcioná-los o quanto antes ao que mais importa: a educação dos nossos jovens.
É hora de perseguirmos juntos a meta de ampliar a oferta de uma educação de qualidade, acessível, para aqueles que mais precisam. Vamos juntos?
LARS JANÉR é CEO do Educbank e ex-General Manager para América Latina da Instructure, líder mundial em tecnologia educacional