Os efeitos psicológicos da pós-pandemia

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Quando a quarentena finalizará, ninguém sabe, mas é certo que haverá consequências das mais diferentes. Infelizmente, poucas serão boas e muitas serão dolorosas. A tendência deste período é uma disparada de depressão (seja pela mídia vendendo a morte iminente temperada com uma crise política); aumento de ansiedade por fobia da morte, fobia de perda de emprego, fobia de queda econômica, sobrecarga de trabalho por ter que fazer mais do que fazia, Síndrome do Pânico; Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC); e o que talvez se torne o mais comum: a “Síndrome de Esgotamento de Energia” (Burnout), caracterizada por cansaço, aumento de irritabilidade, impaciência, dificuldade de se concentrar e outros sintomas, podendo, inclusive, gerar depressão.

Algumas pessoas precisarão lidar com a perda de algum ente querido para o vírus ou até para todo este contexto bizarro, seja por infarto ou até suicídio.

Milhões de pessoas no Brasil já terão entrado ou entrarão em breve numa crise econômica. Quanto mais rápida a aceitação e improvisação diante desta época, menor será a perda, seja trocando o carro por um mais barato, ou deixando de ter carro para usar transporte público; baixando o nível do convênio de saúde; trocando filhos de escola; pedindo para o dono do imóvel em que habita baixar o aluguel ou se mudar; comprar alimentos mais baratos; gastar menos nos restaurantes dos finais de semana; tentar gastar menos “luz”; assistir mais “Netflix” e menos cinema, etc.

Conclusão: a necessidade de nos adaptarmos aos diferentes contextos que a vida vai apresentando foi e sempre será uma variável tão fundamental como o ar que respiramos; tanto em termos de saúde orgânica e mental, como de saúde econômica. Maior a capacidade de adaptação e improvisação do indivíduo, menor um sofrimento desnecessário. E se você tiver dificuldades em superar o momento Pós-Pandemia por si mesmo, procure ajuda, seja nos familiares, amigos ou profissionais das respectivas áreas. A sabedoria para viver bem é tão mais necessária quanto mais difícil for a vida do indivíduo; por isso, precisamos nos tornar mais sábios para lidar melhor com as dores.


Dr. BAYARD GALVÃO é psicólogo clínico formado pela PUC-SP, hipnoterapeuta e palestrante

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