Obra em Congonhas levanta dúvidas sobre cotidiano dos moradores de Moema

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Depois que a pista do Aeroporto começou a ser reformada, moradores questionam se Congonhas vai ter voos internacionais, com funcionamento 24 horas, o que impactaria diretamente na poluição ambiental e sonora da região


Desde fevereiro, a pista do Aeroporto de Congonhas está em obras. Em um investimento de R$ 122,5 milhões, a Infraero está implantando a tecnologia EMAS, que “cria uma nova área de escape com blocos de concreto que se deformam quando uma aeronave ultrapassa o limite final da pista”, explicou o órgão.

Essa obra, no entanto, tem feito os moradores de Moema se preocuparem com as mudanças que o cotidiano da região pode sofrer caso o Aeroporto passe por mudanças. “Queremos entender o que essa reforma pode acarretar, se é segurança ou outra certificação para receber aeronaves maiores e categorizar como internacional”, afirma Guilherme Canton, presidente da ANMA (Amigos do Novo Mundo Associados), uma das associações de moradores de Moema que estão preocupadas com a situação.

“Nós fizemos várias reuniões com técnicos, e enviamos documentos para o Ministério Público Federal, que acatou essas evidências e abriu um inquérito civil. Eles intimaram o presidente da Infraero para responder as nossas perguntas”, explica Guilherme.

No inquérito civil aberto pelo Ministério Público Federal, e que o Grupo Sul News teve acesso, a Infraero é questionada se a implementação da tecnologia EMAs permitirá a operação de aeronaves de maior porte, se o aeroporto vai iniciar operação de voos internacionais e se vai funcionar 24 horas por dia.

O órgão também é questionado se já recebeu licença ambiental para a tecnologia da nova pista. Diante de todas essas questões, os moradores estão preocupados com a poluição ambiental e sonora, principalmente durante a noite, caso o Aeroporto comece a operar 24 horas.

Ao Grupo Sul News, a Infraero informou que “o EMAS é uma tecnologia que permite ampliar a segurança operacional em aeroportos com limitações de espaço. Em Congonhas, a nova área de escape foi dimensionada para desacelerar aeronaves em procedimento de pouso que vierem a ultrapassar os limites da pista, conforme as normas da aviação civil do País. As obras na pista do aeroporto têm como objetivo incremento adicional de segurança, sem intenção de aumentar categoria de aeronave para permitir voos internacionais ou estender o horário de funcionamento do aeroporto. A obra na pista foi iniciada em fevereiro de 2021 e o planejamento da Infraero prevê que a execução dos serviços seja realizada em 16 meses”.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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