Novo tratamento reduz em 72% as chances de internações e óbitos por Covid-19

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Criado pela farmacêutica Celltrion Healthcare, produto já é comercializado em caráter emergencial


O mês de dezembro começa com uma boa notícia no que diz respeito ao combate ao coronavírus. A Comissão da União Europeia aprovou dois novos anticorpos monoclonais para o tratamento da Covid-19, sendo que, um deles, o Regdanvimabe, do laboratório farmacêutico sul-coreano Celltrion Healthcare, já recebeu autorização para a comercialização no Brasil, em caráter emergencial.

Conversamos com especialistas da Celltrion Healthcare no Brasil, para entender um pouquinho sobre esse tratamento, usado em pacientes em estágios iniciais de contágio, e como ele pode apresentar queda acentuada no número de casos de internações e óbitos.

“O Regdanvimabe chegou no Brasil em outubro, com grande sucesso no resultado. O tratamento feito a partir de anticorpos monoclonais, proteínas produzidas em laboratório, que são injetados no corpo do paciente, mimetizam a molécula ACE2, fazendo com que o anticorpo encontre o vírus antes que ele encontre a célula, neutralizando-o e assim, impedindo sua multiplicação”, explica a Medical Sciense Liaison (MSL) da Celltrion no Brasil, Alda Silva.

Em testes feitos a partir da Fase III do medicamento, realizados em 1.315 pacientes de 13 países, foi verificado que este tratamento reduziu significantemente o risco de hospitalização ou morte relacionado ao vírus, em 72% dos infectados com alto risco de progressão.

Os custos do Regdanvimabe não são baratos, mas tendo em vista os gastos gerados com as consequências por complicações da Covid-19, fica claro que o tratamento com o medicamento reduz muito os valores em todo o processo. “O custo desse tratamento em indivíduos de até 70 kg gira em torno dos R$ 10 mil. Não sabemos como o vírus pode atacar o organismo de cada pessoa e como isso a afetará, logo esse tratamento acaba ficando barato em relação aos custos de um paciente que fica internado, por exemplo”, conta o Gerente Sênior de Negócios da Celltrion Healthcare no Brasil.

Precisamos ficar alertas com a 4ª onda acontecendo na Europa, e o surgimento da nova variante Ômicron, correndo o risco de regredirmos na pandemia e voltar a restrições mais fortes. Alda explica como surgem essas variantes: “No vírus de RNA, a parte mais instável da molécula que carrega o código genético utiliza dessa maquinaria para poder se replicar, o que faz com que ocorram essas variações. Assim, podemos dizer que, alguns casos, como o da variante Gama, melhoraram muito a eficiência de infecção do vírus, fazendo com que os especialistas conseguissem entender melhor todo este processo.”

Por conta de a vacina ser injetada e o vírus ser transmitido por meio das vias aéreas, é possível estar vacinado e mesmo assim ser infectado. Neste sentido, não devemos nos desleixar com relação às medidas sanitárias. “O fato de já termos a vacina em plena pandemia é um avanço tecnológico super alto, entretanto, precisamos entender que, só é possível barrar uma infecção as vias aéreas. As vacinas injetáveis não têm essa capacidade”, explica Alda.

O tratamento da Celltrion Healthcare visa a progressão da doença, então é muito importante, já no primeiro sinal de sintomas, ir ao médico e fazer o teste. “Estamos vivendo uma pandemia fora de todos os padrões que vivemos antes e a melhor maneira de minimizarmos esta questão é nos precavermos”, enfatiza Alda.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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