Em visita ao cemitério no feriado de Finados, morador ficou indignado ao encontrar os túmulos de seus familiares saqueados. Em 2019, a Secretaria de Segurança Pública registrou 2 furtos no local, mas nos oito primeiros meses de 2020 o número de furtos subiu para 11
No último dia de Finados, 2 de novembro, milhares de pessoas foram aos cemitérios da cidade de São Paulo para levar flores e diminuir a saudade de seus entes queridos.
Marcos Guilger, morador da Zona Sul, é uma dessas pessoas. Ele foi ao Cemitério Municipal de Santo Amaro para visitar os túmulos de seus familiares e se viu indignado com a precariedade do cemitério.
“Fiquei abismado com os saques em quase todos os túmulos, de portas de bronze a plaquinhas de identificação dos lá sepultados. Meu pai, Acyr Guilger, faleceu em junho de 2019, onde assim, mandei fazer uma limpeza e a plaquinha de identificação, com uma equipe que é credenciada a fazer reformas no cemitério. O túmulo estava completo, com portão de bronze e todas as plaquinhas. Nos dias de hoje, o mesmo está totalmente saqueado, sem porta e sem todas as plaquinhas. Depois, fui até o outro túmulo da minha família e esse também totalmente arrebentado (no ano passado já haviam roubado a porta, agora só sobrou uma plaquinha de Eurico Guilger, meu avô). Na sequência, fui visitar o túmulo de meus avós, que em 2019 já haviam roubado a porta, mas nesse ano não consegui encontrar esse túmulo pois existe um muito parecido ao lado e como ambos estão saqueados, não foi possível fazer a identificação”, explica Marcos.
Ao reclamar com a administração do cemitério, Marcos foi informado que nada poderia ser feito por eles e que deveria registrar um boletim de ocorrência.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, a 11ª Delegacia de Polícia Santo Amaro registrou dois boletins de ocorrência em 2019 por furtos no Cemitério de Santo Amaro. Em 2020, de janeiro a agosto, foram registrados 11 furtos, inclusive qualificados, quando há destruição do local.
A Prefeitura de São Paulo, por meio do Serviço Funerário, informou que “suas equipes de fiscalização atuam nos períodos diurno e noturno nas necrópoles municipais. Em caso de furtos, os familiares devem providenciar boletim de ocorrência e encaminhar uma cópia à administração do cemitério. Durante a contratação dos serviços fúnebres, os familiares assinam um termo de responsabilidade pelos objetos de valor comercial utilizados nos jazigos. A Guarda Civil Metropolitana realiza a segurança dos cemitérios municipais por meio de rondas nos três períodos do dia, com viaturas e motocicletas. Nos últimos três meses foram realizadas 2.071 rondas nos cemitérios da Zona Sul da capital. No feriado de finados as rondas foram reforçadas”.
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