Moda inclusiva: como a moda pode ajudar na autoestima das pessoas com deficiência

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A estilista e empresária ítalo-brasileira, Anne Garcia, fala sobre a importância das marcas investirem na moda inclusiva


Você já ouviu falar sobre moda inclusiva? Resumidamente, a moda inclusiva é o desenvolvimento de roupas pensadas para pessoas que possuem algum tipo de deficiência. Para isso, as peças levam em consideração alguns fatores importantes, como a mobilidade e ergonomia no processo de criação das roupas, comprimentos diferenciados – como o tamanho da manga de uma camisa ou da perna de uma calça – além do design, estilo e tendências de mercado.

Para abordar sobre a importância das marcas investirem na moda inclusiva, a estilista e empresária ítalo-brasileira, Anne Garcia, fala sobre como as peças devem ser pensadas para permitir a autonomia nas escolhas, além de ajudar na autoestima, visto que com mais opções no mercado, maiores serão as chances das pessoas com deficiência encontrarem o look ideal para seus gostos. “Em primeiro lugar, a moda precisa ser feita e pensada para todos os tipos de corpos. Todos devem ter facilidade para encontrarem as roupas que querem nas lojas, afinal, é muito frustrante gostar de uma peça e não poder utilizar ou ter que reformar por inteiro para poder se ajustar ao corpo”, comenta Anne Garcia.

Para a estilista, a comodidade e a facilidade para que as pessoas consigam ter autonomia para se vestirem são pontos que devem ser levados em consideração na hora de comprar uma peça. Por isso, alguns tecidos, como algodão e linho, são muito indicados. “Esses tecidos são leves, confortáveis e atemporais. Por isso, são recomendados para qualquer ocasião, visto que oferecem praticidade, além de formarem composições muito elegantes”, afirma a empresária.

Na visão da especialista, a moda inclusiva é essencial para elevar a autoestima das pessoas com deficiência, pois elas se sentem acolhidas pelo mercado e podem vestir o que quiserem sem se preocupar com roupas que possam prejudicar a mobilidade, por exemplo. “Muitos acabam se sentindo excluídos do mundo da moda porque não encontram marcas que estejam dispostas a oferecer o que precisam e isso é muito ruim. Por isso, quanto mais marcas passarem a investir na moda inclusiva, inclusive em modelos com deficiência em capas de revistas, mais as pessoas se sentirão representadas”, reflete Anne.

Para a empresária, além do investimento em roupas acessíveis, as lojas também precisam pensar em seus layouts e comunicação para atender todos os públicos. “A comunicação utilizada pelas marcas deve ser clara e objetiva para todos os clientes, além de utilizarem pessoas com deficiência em seus anúncios. A questão do layout também é fundamental, afinal, as lojas físicas e online devem estar preparadas para recepcionar o público da melhor maneira possível”, explica a estilista.

“Sempre dê preferência para as lojas que ofereçam roupas para todos os públicos. Algumas marcas já trabalham com esse propósito, então é fundamental que a sociedade apoie essas empresas. Quanto maior a procura, maior o incentivo para as marcas começarem a pensar ainda mais na moda inclusiva”, finaliza Anne Garcia.

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@annexgarcia


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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