MAM São Paulo abre programação de 2024 com retrospectiva da obra de George Love

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Pioneiro e inovador, George Love é considerado como alguém que estava à frente de seu tempo


George Leary Love (1937-1995), fotógrafo afro-americano que desenvolveu uma trajetória extremamente prolífica no Brasil entre as décadas de 1960 e 1980, terá uma retrospectiva de sua obra exibida no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Em cartaz de 29 de fevereiro a 12 de maio, a exposição George Love: além do tempo tem curadoria do pesquisador e fotógrafo Zé De Boni, a quem Love confiou parte de seu arquivo e documentos relevantes de sua história, e será a primeira grande mostra póstuma do artista.

Reunindo um conjunto de mais de 500 fotografias, em novas impressões e originais de época, a exposição traça uma linha do tempo que remonta a um período desde antes do artista vir para o Brasil, até sua morte em 1995. O curador explica que optou por dividir a mostra em 20 núcleos, como se o espaço expositivo sediasse 20 individuais de Love, cada uma se debruçando sobre uma temática ou uma época. Os setores consideram também os lugares onde George Love viveu no decorrer de sua carreira: primeiro em Nova York, depois São Paulo, onde (se instalou) chegou em 1966, uma escapada ao Rio de Janeiro, o retiro em Nova York depois de 20 anos no Brasil, e a volta São Paulo nos seus últimos anos de vida.

De Boni baseou sua pesquisa no seu íntimo conhecimento da atuação de George Love, tendo sido um raro curador de uma exposição dele nos tempos áureos. Ele também fez entrevistas com pessoas que conviveram com o fotógrafo. Os documentos e cartas trazem detalhes marcantes desconhecidos até para os mais íntimos e as revelações dão um colorido especial à interpretação do trabalho do autor e de sua personalidade.

“Desde que eu estou com esse acervo, tenho essa preocupação com o destino de tornar isso acessível a pesquisadores, estudiosos, estudantes e público. Principalmente porque era essa a vontade do George e foi isso o que ele me confiou”, comenta Zé De Boni. Para o curador, a realização da exposição no MAM representa um passo significativo para a preservação da obra e da memória de George, ao mesmo tempo em que celebra a relevância do fotógrafo.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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