Mais de 1 milhão de casas da Zona Sul são inspecionadas a procura de focos da dengue

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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, em 2019 foram registrados 16.815 casos de dengue na capital paulista, um crescimento de 2.700% em relação a 2018


No verão, quando as pessoas viajam à praia para curtir as férias, os casos de insolação e virose aumentam, devido à pouca ingestão de água e má alimentação. “Nas férias as pessoas acabam comendo em locais que elas não conhecem, porque estão viajando, e os alimentos podem estar contaminados, porque a conservação é mais difícil no calor”, explica a infectologista Maria Beatriz Gandra de Souza Dias.

Além dessas doenças, o que também preocupa são os problemas causados pelo mosquito Aedes aegypti, responsável pelas principais doenças do verão, como a dengue.

Entre janeiro e setembro do ano passado, mais de 1 milhão de casas do Jardim Ângela e Capão Redondo foram inspecionadas por agentes do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM), que procuravam focos do mosquito. Do total de residências visitadas, em mais de 35 mil foram encontrados focos da dengue.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, em 2019 a cidade de São Paulo registrou 16.815 casos de dengue (com três mortes), um caso de Zika (sem morte) e, felizmente, nenhum caso de febre amarela e chikungunya.

Os casos de dengue cresceram cerca de 2.700% em relação a 2018, que registrou 600 ocorrências e nenhuma morte. As unidades de saúde gerenciadas pelo CEJAM no Jardim Ângela e Capão Redondo, atenderam mais de 2.200 pessoas com suspeita de dengue em 2019, sendo 1351 casos confirmados nas duas regiões.

Durante as inspeções domiciliares do CEJAM, as principais recomendações passadas ao moradores são:

• Não colocar pratinhos em plantas. Caso opte pela utilização, não deixar acumular água nos pratos e nos xaxins, colocando areia para preenchimento até sua borda;

• Lavar os bebedouros de animais com escova, esponja ou bucha, e trocar a água pelo menos uma vez por dia;

• Manter bem fechado qualquer depósito de água (ex: potes, tambores, filtros, tanques). Como o mosquito é bem pequeno, qualquer fresta neste tipo de depósito é suficiente para a fêmea conseguir colocar os ovos e iniciar um novo ciclo;

• Limpar as calhas e lajes das casas. Se houver piscina: a água deve estar sempre tratada;

• Manter as caixas d’água, poços, latões e tambores bem fechados;

• Guardar garrafas vazias de boca para baixo;

• Eliminar a água acumulada em plantas, como bambus, bananeiras, bromélias, gravatás, babosa, espada de São Jorge, dentre outras.


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