O Corpo de Bombeiros alerta para o risco de afogamento, já que a maioria dos casos acontecem em locais de água doce, como represas e lagoas
Quem não viaja para curtir o verão mas quer ter a sensação de que está na praia pode aproveitar as praias de água doce das represas de São Paulo. A maioria delas são monitoradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que confere a qualidade da água.
Neste verão, quatro praias da Represa Billings estão próprias para banho: Prainha do Parque Municipal do Estoril, Clube de Campo do ABC, Clube Prainha Tahiti e outra próximo ao Zoológico do Parque Municipal. Apenas a Prainha de Riacho Grande não está adequada para banho.
Já na Represa do Guarapiranga, das nove praias monitoradas, cinco estão com água limpa: Guarujapiranga, Praia do Sol, Praia Jardim Represa, Prainha do bairro do Crispim, Pier da escola de esportes náuticos Wind Club. E quatro estão impróprias: Marina Guaraci, Bairro Miami Paulista, Praia Dedo de Deus e Pier do Yacht Club Paulista.
Das nove praias da Guarapiranga, o Corpo de Bombeiros mantêm vigilância constante em oito delas, as mais movimentadas, para garantir a segurança da população. “Cuidados gerais com crianças: manter sempre na distância de um braço e ter atenção total porque um descuido ela sai andando e vai pra um lugar fundo. Ingestão de bebida alcoólica: evitar, porque água e álcool não combinam”, alerta o Tenente do Corpo de Bombeiros, Eduardo Farias.
Uma das principais preocupações são os afogamentos. Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), o Brasil registra 16 afogamentos diariamente, sendo que 76% desses casos ocorrem em locais de água doce, como as praias de represas, porque as águas escuras e sem ondas enganam os banhistas que continuam a ir mais distante, sem dimensionar a profundidade da água. Geralmente, as vítimas são jovens de 18 a 29 anos.
“Esses locais (represas e lagoas) têm um fundo irregular, com barro e vegetação, às vezes criando a falsa sensação de segurança, fazendo com que as pessoas se arrisquem”, explica o capitão Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros.
No verão, período de alta temporada, o número de afogamentos costuma aumentar. No entanto, na Represa do Guarapiranga, que tem 45 km² de extensão, o número caiu no ano passado: 14 pessoas morreram afogadas na região, sendo que em 2018, foram 21 vítimas, segundo o Corpo de Bombeiros.
Este ano, no dia 1º de janeiro, a Represa Billings, registrou a primeira morte por afogamento. Os Bombeiros indicam que as pessoas devem nadar apenas em locais monitorados e permitidos e, em caso de afogamento, a primeira ação é ligar para Corpo de Bombeiros, pelo número 193.
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