Jovens priorizam qualidade de vida e flexibilidade, além de estabilidade financeira, apontam especialistas

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Créditos: Freepik

Dados do Ministério do Trabalho e Previdência coletados em 2020, apontam que quase 1,4 milhão dos jovens entre 18 a 24 anos permanece dentro de uma empresa por pouco menos de três meses

Absenteísmo e rotatividade é uma realidade que impacta as organizações, independentemente do segmento ou cultura. É o que afirmam Ana Carolina Di Bonifacio, gerente de Gente e Gestão na Premix, e Renan Carvalho, gerente de RH na RHI Magnesita, que discutiram as mudanças nas expectativas dos colaboradores e suas implicações para as empresas durante o Employer Summit 2024, realizado pela Employer Recursos Humanos.

No painel “Cadê o Colaborador? Desafios do Absenteísmo e Rotatividade no Mercado de Trabalho”, os especialistas apresentaram estratégias para reduzir o absenteísmo e a rotatividade, oferecendo insights e dicas práticas para enfrentar esses desafios.

Ana Carolina destacou dados de 2020 do Ministério do Trabalho e Previdência sobre a permanência dos jovens no mercado: “1,4 milhão de jovens entre 18 e 24 anos permanecem menos de três meses em uma empresa. Além disso, 2 milhões não ficam por mais de dois anos”. Ela explica que é importante refletir sobre as razões da evasão de profissionais e o que realmente mudou, visto que gerações anteriores costumavam ficar mais de 10 anos nas mesmas empresas.

Os dados também indicam que 27% dos profissionais estão dispostos a mudar de emprego nos próximos dois meses, percentual que sobe para 32% entre a geração Z. “O papel do RH é entender de maneira mais profunda os fatores que levam os colaboradores a deixar a empresa, analisando cada caso individualmente”, afirma Carolina.

Renan explicou que a rotatividade já era um problema antes da pandemia, mas se intensificou nesse período. “As novas gerações estão buscando qualidade de vida. A pandemia mudou a maneira como todos pensam sobre trabalho e saúde.” Ele mencionou que, de março de 2021 a março de 2022, 25% dos seus novos colaboradores deixaram os empregos em menos de um ano por não se sentirem conectados à empresa. ainda, sobre o cenário competitivo do mercado, explicando que, embora a taxa de desemprego no Brasil pareça alta, a contratação de mão de obra qualificada é uma tarefa desafiadora.

Já a executiva enfatizou que as empresas precisam investir em treinamento e desenvolvimento para reter talentos. “Quando os colaboradores se sentem reconhecidos e valorizados, a sensação de pertencimento aumenta, contribuindo para sua permanência na empresa.”


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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