Após um novo crescimento no número de casos e mortes, os hospitais estão novamente lotados. Na Zona Sul, quatro unidades públicas de saúde estão com mais de 40% de seus leitos ocupados. Na última segunda-feira (4), o Governo de SP confirmou dois casos no Estado de pessoas infectadas por uma nova variante do coronavírus que foi inicialmente encontrada na Inglaterra
A cidade de São Paulo entrou em 2021 com 488.654 casos confirmados de Covid-19 e 15.724 óbitos confirmados, de acordo com o último boletim da Secretaria Municipal de Saúde, de 4 de janeiro.
Após um novo crescimento no número de casos e mortes, os hospitais estão novamente lotados. Na Zona Sul, quatro unidades públicas de saúde estão com mais de 40% de seus leitos ocupados:
Hospital Municipal de Parelheiros: 43% de ocupação;
Hospital Guarapiranga: 54% de ocupação;
Cruz Vermelha: 90% de ocupação;
Santa Casa de Santo Amaro: 100% de ocupação;
Hospital Vila Santa Catarina: 100% de ocupação.
No geral, no Estado de São Paulo 61,8% dos leitos estão ocupados. Na Grande SP, 64,9% e na capital paulista: 61% de ocupação.
Na última segunda-feira (4), o Governo de SP confirmou dois casos no Estado de pessoas infectadas por uma nova variante da Covid-19 que foi inicialmente encontrada na Inglaterra. “Até o momento, não há comprovação científica de que esta variante inglesa encontrada no Brasil é mais virulenta ou transmissível em comparação a outras previamente identificadas – o comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude e fatores demográficos e climáticos, por exemplo. Ambos os casos são da linhagem B.1.1.7 (termo sinônimo de “cepa” e “variante”)”, informou o Governo.
A nova mutação do coronavírus já surgiu no Reino Unido, na África do Sul, na Suécia, Espanha e em mais de 30 países, mas ainda não há comprovação se ela é mais transmissível do que o vírus original.
“Todos os indícios apontam que sim [ela é mais transmissível]. O NERVTAG apontou que essa variante representava 20% dos casos em novembro e passou para 70% em dezembro na Inglaterra. E isso mesmo durante as medidas restritivas. Essa nova mutação se liga com maior rapidez à proteína ECA2, que está presente em abundância em nosso pulmão. Por isso o vírus chega mais rápido e com mais potência ao nosso organismo”, explicou o imunologista e professor universitário Eduardo Nolasco, se referindo a uma nota publicada pelo Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (NERVTAG) em 19 de dezembro.
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