A partir desta quinta-feira (6), bares e restaurantes podem atender os clientes até às 22h, porém, seguindo a regra de atendimento por apenas 6 horas diárias. Assim, proprietários devem escolher se atendem por 6 horas seguidas (dia ou noite) ou se fracionam para atender nos dois períodos do dia
Um mês após a reabertura de bares e restaurantes, o Governo de São Paulo autorizou que o setor atenda os clientes no período noturno, até às 22h da noite, em cidades que estão há mais de 14 dias consecutivos na Fase Amarela do Plano São Paulo de flexibilização, como é o caso da capital paulista. A autorização vale a partir de amanhã (6).
Mas, isso não quer dizer que bares e restaurantes podem ficar o dia inteiro abertos ao público: a regra de atendimento por apenas 6 horas diárias ainda vale, portanto, proprietários devem escolher se atendem o público apenas durante o dia, apenas a noite ou se dividem as 6 horas para atender em dois períodos do dia.
“Fica a critério de cada estabelecimento se fará seis horas corridas, de três em três horas, ou a forma que julgar conveniente desde que seja no limite de seis horas e com 40% de ocupação do seu espaço sentado. Não será permitido, em hipótese alguma serviços em pé”, explicou o governador João Doria.
Como a Prefeitura da capital sempre quis que bares e restaurantes funcionassem a noite, o prefeito Bruno Covas informou que não será necessário refazer o protocolo sanitário. “A vigilância sanitária do município nunca viu qualquer tipo de problema na abertura de bares e restaurantes até às 22h. Tanto que o protocolo assinado entre a Prefeitura e o setor não vai precisar ser refeito pois ele já previa o atendimento até as 22h”, afirmou o prefeito.
As principais regras de higiene são:
– máscaras obrigatórias;
– apenas 6 pessoas por mesa;
– atender com apenas 40% da capacidade;
– as mesas devem ter um distância de 2 metros;
– obrigatório medir a temperatura dos clientes na entrada e disponibilizar álcool gel.
O Estado de São Paulo tem 250 mil bares e restaurantes: 55 mil deles na capital. No total, no Estado, 50 mil estão fechados e 300 mil pessoas estão desempregadas, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.
“Esse período de reabertura foi difícil e a gente já sabia que seria porque, além da fragilização das atividades econômicas dos estabelecimentos, tem a fragilização do cliente. E a reabertura exige muito mais custo que tem que seguir esses protocolos rigorosos. Nós achamos que devemos evoluir na abertura dos bares e restaurantes, sempre respeitando o protocolo”, disse Percival Maricato, presidente da Abrasel SP.
Para a Secretaria de Turismo de São Paulo, o novo horário para o setor gastronômico vai ajudar na recuperação de empregos no Estado. “O setor vai dobrar seu faturamento no período. Vai para perto de 50% porque a parte noturna fatura mais. Com isso, começamos a recuperação de empregos, porque perdemos muitos empregos por suspensão”, explicou Vinicius Lummertz, secretário de Turismo do Estado.
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