Exposição “O novo e o sobrevivente. O caso Raphael Galvez”, na Arte132 Galeria, é prorrogada até março

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A exposição traz produções realizadas entre 1940 e 1992 evidenciando a originalidade do artista que flertou com novas correntes da arte do século XX


A exposição “O novo e o sobrevivente. O caso Raphael Galvez” – uma realização Arte132 Galeria e Instituto Luciano Momesso – foi prorrogada até 23 de março. A mostra traça os caminhos percorridos pelo artista entre as décadas de 1940 e 1990, ao estabelecer diálogos entre os movimentos moderno e contemporâneo., conta com textos críticos de Tadeu Chiarelli e Mayra Laudanna, pesquisadora autora do livro Raphael Galvez 1907-1998, da Momesso Edições de Arte.

A seleção de obras proporciona uma observação profunda, questionando o mito do progresso ininterrupto em sua pintura, ao mesmo tempo em que enfatiza a relevância dos elementos que compõem o vocabulário formal de Raphael Galvez. Neste, é possível identificar elementos que remetem tanto à prática estabelecida, como à crescente tendência não figurativa que ganhava força no Brasil naquela época. O artista não apenas se posiciona entre esses dois espectros opostos da construção pictórica, mas também os coloca em diálogo direto.

A pintura de Raphael perpassa diversas fases e revisita o passado e o presente, como uma ânsia de apreender o leque de referências que colecionava. A década inicial, em 1940, é de frutífera produção entorno da paisagem urbana paulista ainda em formação e é notável o saber construtivo italiano que Galvez adere neste período, com tons baixos e cores soturnas.

Já na década de 1950, as transformações no circuito da arte brasileira, com as criações do Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e a primeira Bienal de São Paulo em 1951, desencadearam uma revolução nas produções até então figurativas de Galvez. As possibilidades do não figurativo contaminam seu olhar ao ponto de fazê-lo abraçar os desafios formais de seu tempo, o que marca uma inflexão em sua produção. “A visitação a acervos de todos os lugares e períodos, pessoalmente ou via consulta ao próprio banco de imagens, permitirá a Galvez engendrar um vocabulário formal e iconográfico repleto de soluções que, quando se levam em consideração suas paisagens de início de carreira, pareceriam impensáveis”, afirma Chiarelli.

Serviço
“O novo e o sobrevivente. O caso Raphael Galvez”
Local: Arte132 Galeria
Endereço: Avenida Juriti, 132, Moema, São Paulo – SP
Período expositivo: até 23/3/2024
Visitação: segunda a sexta, das 14h às 19h. Sábados, das 11h às 17h
Entrada gratuita


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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