Estresse: inimigo do coração

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Cerca de 80% das mortes por doenças cardiovasculares estão relacionadas aos fatores de risco como hipertensão, diabetes, níveis desregulados de colesterol e triglicérides, obesidade, sedentarismo e tabagismo


Cerca de 300 mil pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares por ano no Brasil. Dessas, 100 mil são vítimas de infarto. Mas o que será que faz o coração virar uma bomba relógio e em alguns casos parar?

Sabe-se que os 80% das mortes por doenças cardiovasculares estão relacionadas aos já conhecidos fatores de risco como histórico familiar, doenças crônicas como hipertensão, diabetes, níveis desregulados de colesterol e triglicérides, obesidade, sedentarismo e tabagismo.

Mas e os outros 20%? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) ser uma pessoa saudável significa ter saúde física, emocional e social. Tratados como fatores secundários, os aspectos psicológicos estão nesta lista e infelizmente são ignorados, mas merecem ser investigados e tratados. O campeão na lista de aspectos psicológicos que afetam diretamente o coração é o estresse. Mal que atinge a sociedade moderna, muitas vezes é ignorado e quando o paciente percebe é tarde demais. Pressões no trabalho, correria do dia a dia, dívidas, problemas de relacionamento e dezenas de frustrações que se acumulam afetam direto essa “máquina” chamada coração.

O cardiologista Dr. Marcelo Cantarelli, comenta que o corpo quando reconhece uma situação de estresse libera hormônios que afetam o coração. “Quando o individuo se encontra em uma situação de estresse, o organismo reage como se ele estivesse em situação de perigo. O corpo entende como se ele estivesse, por exemplo, fugindo de um predador e para se manter em estado de alerta sabiamente libera adrenalina”, explica o médico.

Essa descarga hormonal é totalmente prejudicial ao coração. “Observa-se aumento da pressão arterial e elevação nos níveis de cortisol. Se o paciente apresentar histórico familiar de doenças cardiovasculares ou apresentar outros fatores de risco como a hipertensão, diabetes, obesidade ou tabagismo pode aumentar em até cinco vezes a chance de um ataque cardíaco e ter como consequência a morte”, alerta Cantarelli.

Lidar com o estresse não é uma tarefa fácil, mas buscar o controle é essencial. “Existem níveis diferentes de estresse e na escala de 0 a 10 é fundamental que o paciente reconheça e identifique os sinais”, conta Dr. Marcelo.

Principais sintomas do estresse:

·         Irritabilidade

·         Dificuldade de concentração

·         Perda de apetite

·         Ganho ou perda de peso

·         Cansaço/Falta de energia

·         Falta de libido

·         Dificuldade para memorizar

·         Dificuldade para dormir

·         Sensação de tristeza/melancolia

·          Dores musculares


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