Em São Paulo,  o fim de um ciclo de 40 anos

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  A posse do governador Tarcisio Gomes de Freitas – em  janeiro – vai encerrar um ciclo de 40 anos de mando dos social-democratas egressos do PMDB, que fundaram o PSDB e com a sigla governaram até o seu declínio, atribuído ao ativismo individual de João Dória, o último eleito pelo partido, que tentou mas não conseguiu, ser candidato à presidência da República. Começou com Franco Montoro, em 1983, e termina com Rodrigo Garcia, o vice que assumiu em março e governa os últimos meses do mandato, fazendo a transição ao sucessor que, vencidas as eleições, vem montando a equipe que o ajudará a conhecer pormenores da governança do Estado e montar o secretariado. Rodrigo Garcia, um experiente político, vem se esforçando para solucionar ou pelo menos amenizar grandes problemas como a defasagem dos salários dos policiais e a falta de efetivo.
           

O currículo do futuro governador – tanto a formação de capitão da reserva do Exército quanto a de engenheiro militar graduado pelo IEM (Instituto de Engenharia Militar), ao lado das funções que já desempenhou na área de infraestrutura, onde foi ministro do governo de Jair Bolsonaro e resolveu grandes gargalos rodoviários e ferroviários, nos dá a esperança de que possa realizar uma administração voltada para essa área, que hoje tem  grandes problemas no Estado. Pensa-se que possa atacar questões que os antecessores, por razões político-ideológicas ou simples visão do grupo que governou, não tiveram tratamento prioritário. Toda vez que muda o partido – e a ideologia do governante, quem lucra é a administração e, por extensão, o povo, destinatário de suas atividades.
           

Enquanto ministro, Tarcisio pilotou a grande obra ferroviária que se estende no Brasil Central e deverá colocar no trem importante parcela das mercadorias que hoje cruzam o território nacional sobre caminhões. É de se esperar que, embora as ferrovias sejam propriedades da União (em 1995 São Paulo entregou as estaduais ao Governo Federal para abater dívidas), use o seu peso de governador e sua história de trabalho para conseguir o resgate das linhas paulistas hoje inativas ou sub-utilizadas e estas possam voltar a transportar mercadorias como já ocorreu por muitos anos. Ainda mais: pensamos que mesmo tendo sido Ministro de Bolsonaro  e eleito com seu apoio, não deverá ter dificuldade para se relacionar com o governo do PT,  foi chamado e dirigiu o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) durante o governo da petista Dilma Rousseff. Isso poderá ajudar na desejável baixa da polarização e ser bom para São Paulo.
           

Temos a certeza que a convocação do deputado federal Capitão Derrite para o importante posto de Secretário da Segurança Pública, é a demonstração da disposição do novo governo de modernizar e implantar dinamismo na área.  O deputado Derrite, com larga folha de trabalho  no Congresso Nacional, se destacou por sua atuação firme, dedicada e eficiente na execução de seu mandato. Sua presença no futuro governo paulista é indicativo de dias melhores tanto para a segurança da população quanto à estrutura das polícias. Um governo novo, instituído sobre pilares diferentes dos anteriores, sugere mudanças. Sejam elas muito bem-vindas…  


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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