Educação Ambiental: pra começo de conversa…

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Por Semíramis Biasoli – Secretária Executiva do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental – FunBEA (funbea.org.br/)


A reflexão sobre Educação Ambiental passa por uma longa viagem pelo tempo, indo até 1960, década difícil para questões ambientais e sociais com empresas explorando recursos naturais de forma desenfreada. Os países industrializados sentiram a degradação ambiental e a queda na qualidade de vida. Então, a sociedade civil começou a produzir respostas. Em 1965 acontecia a Conferência de Keele (Grã-Bretanha) e educadores concordavam que a dimensão ambiental deveria ser parte da educação de todos os cidadãos. Mas 1972 marcou história com a Conferência de Estocolmo (Suécia), gerando a “Declaração sobre o Ambiente Humano” e o “Plano de Ação Mundial” para um programa de Educação Ambiental. Em 1992 ocorreu no Brasil a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – Rio 92, em que foram construídos importantes documentos para o campo ambiental.

E AGORA? Tivemos um novo paradigma ambiental que compreende o meio ambiente como um espaço de relações socioambientais que passam pela diversidade cultural, ideológica, econômica e política. Mas ainda há muito pela frente, muitos desafios, dentre eles, repensar as relações entre sociedade e natureza. Mais do que enfatizar a mudança de hábitos diários/ações pontuais, sugere-se criar a capacidade de reivindicar, exigir e contribuir com a justiça social, cidadania nacional e planetária, autogestão e ética.

AÇÃO! “Quanto vale” é o nome da primeira campanha filantrópica do FunBEA para iniciativas e movimentos socioambientais de conservação da Mata Atlântica no Litoral Norte de SP com frentes para mitigar o desmonte da Educação Ambiental. A região possui mais de 40 mil hectares de Mata Atlântica distribuídos entre áreas de preservação e áreas urbanizadas. As nascentes que brotam nas florestas abastecem grande parte da população sudoeste brasileira, além dos seus serviços ecossistêmicos, como regulagem do clima e biodiversidade. O Litoral Norte abriga um tesouro histórico e cultural de terras indígenas/de povos tradicionais, vestígios das origens brasileiras. Empresas e pessoas físicas podem contribuir. Basta acessar o site do FunBEA para saber como.

Vamos juntos repensar a Educação Ambiental?

Semíramis Biasoli – Secretária Executiva do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental

SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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