Edital aberto pela Prefeitura solicita 100 leitos privados para pacientes da rede pública

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Para suprir a demanda da rede pública, a Prefeitura vai alugar leitos de UTI em hospitais privados da cidade por R$ 2.100, a diária. A administração municipal previa utilizar 20% dos quatro mil leitos da rede privada, porém, como o vírus está se proliferando rápido, será preciso contratar além deste número


A Prefeitura de São Paulo abriu um edital para contratar mais 100 leitos da rede privada para atender pacientes da rede pública, já que alguns hospitais não estão mais recebendo pacientes com coronavírus, por causa da superlotação.

A administração municipal previa utilizar 20% dos quatro mil leitos da rede privada, porém, como o vírus está se proliferando rápido, será preciso contratar além deste número. Convênios foram feitos com 13 hospitais particulares e mais de 800 leitos de UTI já estão disponíveis para a Prefeitura.

“Essa é uma estratégia que está se demostrando correta. Neste momento, onde a gente tem uma pressão muito grande em cima da rede hospitalar do município, poder fazer essa parceria com a rede privada é muito importante”, disse o secretário municipal de saúde, Edson Aparecido.

Para suprir a demanda da rede pública, a Prefeitura firmou parceria de aluguel de leitos de UTI nos seguintes hospitais privados da cidade: Amil, HCor, Hospital Oswaldo Cruz, Hospital do Rim, Hospital Santa Cruz, Hospital Leforte, Hospital Santa Marcelina, Cruz Vermelha, Hospital Santa Isabel, Hospital São Luiz Gonzaga, Beneficência Portuguesa, Santa Casa de Santo Amaro e Unisa, esses dois últimos localizados na Zona Sul.

Para a Prefeitura, essa contratação de leitos privados evita que os médicos façam seleção de pacientes, escolhendo quem deve utilizar o leito disponível. “Todo o esforço que a gente tem feito mais todo o esforço do Governo do Estado é para que a gente não chegue em uma situação que outras cidades muito mais ricas do que São Paulo já chegaram, como ter que escolher quem é atendido e quem não é atendido”, disse o prefeito Bruno Covas. Cada leito vai custar R$ 2.100 diariamente.

Mas, segundo o secretário municipal de saúde, Edson Aparecido, até mesmo os leitos dos hospitais privados estão quase lotados. “Ontem (14), a lotação nesses hospitais que nos repassam as informações diariamente chegou a 95%”, disse.

TESTES RT-PCR

Nesta sexta-feira (15), o Governo de São Paulo informou que pessoas com sintomas leves do coronavírus também serão testadas para saber se estão infectadas. Até agora, apenas pessoas internadas em estado grave eram testadas, deixando outras pessoas infectadas de fora das estatísticas, o que indica subnotificação e dificulta a medição da pandemia.  

O teste RT-PCR é diferente do teste rápido, e também, mais eficaz porque rastreia o material genético do vírus. “Essa segunda fase compreende a ampliação dos testes RT-PCR, num primeiro momento para os contatos dos pacientes graves, e num segundo momento a ampliação para os pacientes sintomáticos leves. Na segunda-feira (18), os municípios receberão uma norma técnica já iniciando a testagem dos pacientes leves. Esses pacientes não estavam sendo atendidos até então, porque existe a recomendação que eles fiquem em casa, então agora tem uma sistemática de que esses pacientes serão atendidos”, disse Dimas Covas, coordenador do Centro de Contingência em SP.


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