Eataly Brasil tem ordem de despejo suspensa e segue funcionando no Brasil

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Eataly Brasil em seu auge. Créditos: Divulgação

Prédio no Itaim Bibi enfrenta atrasos de aluguel e dívidas de IPTU

A Eataly é uma rede de gastronomia que surgiu em 2007, em Turim, na Itália, com o objetivo de oferecer à população um mercado de alimentos italianos de alta qualidade com restaurantes especializados. O empreendimento fez tanto sucesso que, em 2015, desembarcou em terras tropicais e estabeleceu um endereço na região do Itaim Bibi, um negócio que chegou a ter faturamento anual de R$ 100 milhões em seu auge.

Todavia, os últimos anos não foram dos melhores para o polo gastronômico. A versão brasileira do mercado italiano passou por problemas financeiros na pandemia de Covid-19, questões de gerenciamento, polêmicas envolvendo o nome da marca e até mesmo uma dívida de R$ 55 milhões. Ademais, a administradora que comprou o empreendimento brasileiro e assumiu a dívida, a SouthRock, entrou com um pedido de recuperação judicial e tem dívidas acumuladas de R$ 1,8 bilhão.

Na última terça-feira (18), a Justiça de São Paulo havia autorizado o despejo coercitivo do centro gastronômico do imóvel localizado na Avenida Juscelino Kubitschek. A ordem veio depois que a Caoa Patrimonial, dona do prédio em que funciona o Eataly Brasil, moveu uma ação por atraso em vários aluguéis, além de dívidas de IPTU. A decisão foi tomada pelo juiz Marcos Duque Gadelho Júnior, da 23ª Vara Cível, que determinou a expedição de urgência do mandado de desocupação.

Contudo, na quarta-feira (19), o desembargador Sérgio Shimura, da 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do TJ-SP, reverteu o processo e suspendeu o despejo da Eataly Brasil do edifício que ocupa. Segundo a decisão, a empresa precisa permanecer no local para que possa se manter no processo de recuperação judicial que enfrenta. Se for despejada, “não haverá mais chances de recuperação econômica” e que também haveria dezenas de demissões.

A administradora da Eataly reforçou que a desocupação atrapalharia o processo de recuperação da empresa e que está adotando todas as medidas necessárias para garantir o funcionamento do estabelecimento. Por hora, o polo gastronômico segue funcionando.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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