Dignidade Recuperada

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Conheça a história de um morador do Grajaú, que superou as drogas e hoje está abrindo a instituição Dignidade Recuperada para ajudar outras pessoas


O escritor Ricardo Pedroso Poeta, nascido e crescido no Jardim Alfredo, na região do Guarapiranga, passou 23 dos seus 59 anos na drogadição, e aos 20 começou a se aproximar de uma menina no qual gostava, usuária de maconha. Depois de dois anos namorando, casou-se com ela um mês após engravidar. No entanto, após 3 meses do nascimento do filho, acabaram se separando. A partir daí, o consumo de drogas aumentou e surgiram os problemas com vício. Ricardo começou a usar maconha todos os dias, depois virou usuário de cocaína, e então crack.

Quando começou o uso trabalhava, depois que ficou desempregado, para sustentar o vício em seus 13 anos de mendicância, conhecia pessoas com bom poder aquisitivo que não queriam ir à comunidade comprar drogas, então ele buscava, e como pagamento, davam para ele ou usava com eles.

Com o tempo conheceu outra garota, também usuária de drogas, que o fez levar 8 tiros, após mentir dizendo que uma nota falsa em sua bolsa era dele, mas, felizmente, acabou sobrevivendo. Viveu tempo o suficiente para que em 2004, em uma praia de Vitória, no Espírito Santo, fosse resgatado das ruas pelo empresário Cláudio de Oliveira, que faz parte da ONG Amor-Exigente, e o convidou para uma reunião de autoajuda, e após uma internação, trabalhou com ele em uma cooperativa por 8 anos. Em 2016 voltou a São Paulo e até se casou novamente.

Hoje, morador do Grajaú, está abrindo um projeto chamado Dignidade Recuperada, projeto com mesmo nome de seu livro que relata sua trajetória de vida e superação. Não desanimou mesmo após o falecimento de sua esposa, vítima da Covid-19 no começo deste ano.

Sua intenção é trabalhar para a comunidade, como parte do projeto, também organizou um grupo de autoajuda. O Dignidade Recuperada trabalha com a parte religiosa, mas não tem religião específica, mesmo com estudos bíblicos.

Pedroso dá um recado para quem está ou corre o risco de ser usuário de drogas e para a sociedade: “Chega um ponto em que nos perdemos, parece que vamos morrer, mas a vida é bela, temos que viver da melhor forma possível, vai fazer 17 anos que sai da drogadição. A sociedade tem que encarar essas pessoas com dignidade, como seres humanos, as pessoas julgam muito, eu por exemplo, mesmo nas drogas nunca matei ou roubei”. Para os que estão entrando agora: “É furada, o único caminho é a morte ou procurar ajuda, não existe meio termo, ou admite que é dependente, ou continua usando até morrer”.

Ricardo Pedroso também é autor de outros livros como O Amanhã, A Guerreira, Destino do Campeão e Anjos de Deus.

Você também pode acompanhar ele eu seu projeto em seu perfil do Instagram @ricardopedrosopedroso e pelo seu canal no YouTube https://www.youtube.com/channel/UCIAgQgwm1e1k61xWEcfgbpQ

Contato do projeto: (11) 96423-0836


Ricardo Pedroso Poeta

SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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