CPI da Poluição Petroquímica retoma depoimentos de gestores de saúde

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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Poluição Petroquímica, em reunião na última quinta-feira (15/9), deu continuidade aos questionamentos iniciados no último encontro do colegiado a gestores de saúde do município sobre o atendimento à população de bairros da zona leste do município de São Paulo, vizinhos do polo petroquímico existente na região.

Magali Antonia Batista, diretora de Vigilância em Saúde Ambiental da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), foi a primeira a ser ouvida pela CPI. De acordo com Magali, a primeira denúncia recebida pela Covisa referente à poluição do ar na região foi em 2017, mas a investigação não levou a resultados conclusivos. Em 2021, com outra denúncia, se iniciou o levantamento de dados na região com questionários feitos a moradores dos bairros Parque São Rafael e São Mateus. Dos 18 munícipes entrevistados que moram em uma área de até 500 metros do Polo Petroquímico, o dado que chamou mais atenção foi o fato de 7, cerca de 40%, relatarem também ocorrência de tireoidite, que pode ser relacionada à poluição.

Questionada sobre a gravidade desses dados, Nilza Maria Piassi Bertelli, coordenadora regional de Saúde da região leste, respondeu que “não se pode levar em consideração uma amostragem tão pequena para uma população de quase 500 mil habitantes”, no entanto, ela ressaltou que os dados são um alerta.

Requerimentos

Além das oitivas, os vereadores aprovaram quatro requerimentos, com pedidos de prorrogar os trabalhos da CPI por mais 120 dias, de promover estudos científicos na região para obter diagnóstico com as doenças de maior incidência nos moradores, de apresentar orçamento para os exames necessários e avaliar e se existe a possibilidade do solo e água do lençol freático estarem contaminados.

“A discussão realizada dentro da CPI da Poluição Petroquímica tem sido fundamental não só para a revisão da questão que está em pauta, que é da contaminação ambiental que está ocorrendo no entorno do Polo Petroquímico e que supostamente vem prejudicando a saúde de moradores de bairros da zona Leste, mas também para desenvolvermos um olhar mais humano sobre as questões que envolvem o meio ambiente, e para isso, contamos com a colaboração dos munícipes, denunciando, trazendo informações e principalmente, apresentando sugestões de melhoria”, finaliza o relator da CPI, o vereador Marcelo Messias.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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