Comerciantes reclamam da atuação de vendedores ambulantes nas ruas do Largo 13

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De acordo com comerciantes, que pagam aluguel e funcionários, os clientes não conseguem entrar nas lojas porque os vendedores ambulantes tomaram as ruas com barracas e lonas no chão com produtos. Além disso, reclamam da falta de fiscalização da Prefeitura, já que alguns vendedores fazem parte do Programa Tô Legal, mas vendem em local onde não foram autorizados


O Largo 13 de Maio, em Santo Amaro, sempre foi um dos principais pontos de comércio da Zona Sul. Pessoas de toda a região Sul passeiam nas lojas do comércio local em busca de produtos e nesta época do ano, a quantidade de pessoas aumenta.

Mesmo em meio a pandemia da Covid-19, que exige distanciamento social, muita gente tem frequentado o comércio, porém, encontram uma dificuldade: falta de espaço para transitar já que vendedores ambulantes tomaram o espaço dos pedestres e colocam suas lonas no chão com produtos.

Comerciantes da região de Santo Amaro têm reclamado que a Rua Senador Flaquer e todo o Largo 13 de Maio estão intransitáveis para pedestres por causa do comércio irregular. Muitos clientes, aliás, dizem que não entram nas lojas por causa das lonas na rua, porque não conseguem passar.

“Nós do comércio vemos que cada dia chega um, monta sua banca e pronto. Já reclamaram na Subprefeitura Santo Amaro e não tem jeito. Tem pontos que a passagem fica bloqueada. Afeta nós que temos aluguel para pagar, temos funcionários. Fiscalização, não tem. Agora em dezembro, o pedestre não vai se sentir à vontade pra vir comprar na região”, reclamou um comerciante que não quis se identificar.

Os comerciantes já ouviram até os ambulantes reclamarem uns dos outros dizendo que alguns não tem autorização do Programa Tô Legal da Prefeitura para vender seus produtos em determinada rua: eles conseguem autorização para vender em um trecho (às vezes em outro bairro), mas se posicionam em outro local.

O Programa Tô Legal foi criado em julho de 2019 para regularizar o comércio ambulante. “Por meio da autorização temporária, o vendedor pode atuar em diversos pontos da capital e em períodos diferentes. É uma forma de democratizar o espaço público e viabilizar a instalação do comércio ambulante em 70% das vias de São Paulo”, explica a Prefeitura.

Os comerciantes do Largo 13, que pagam aluguel e funcionários, dizem que a Subprefeitura Santo Amaro nunca fiscaliza esses ambulantes, seja para saber se tem autorização do Programa Tô Legal, seja para saber se estão no local autorizado.

A Prefeitura informou que “a fiscalização de combate ao comércio irregular acontece diariamente na região de Santo Amaro, inclusive nas vias citadas. Além de ações periódicas com apoio da GCM. Em 2020, foram apreendidas mais de 7 mil toneladas de mercadorias como, roupas, cigarros, produtos eletrônicos, brinquedos e alimentos irregulares. Ainda foram removidas mais de 400 faixas e 150 placas irregulares em todo o Largo 13 e ruas de maior movimento do comércio”.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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