A Presidente da Comissão de Relações Institucionais contou sobre os 14 certificados em referência às causas sociais
Exercer a profissão de Direito é uma tarefa muito mais social do que podemos imaginar. Lidar com casos e pessoas requer uma humanização por parte do advogado. A Dra. Rita de Cássia Dello Russo Lopes Giuranno, presidente da Comissão de Relações Institucionais da OAB Santo Amaro, é um grande exemplo que humanizar o trabalho, pode levar a reconhecimentos que, dinheiro nenhum pode comprar!
“Sempre fui uma pessoa muito justa desde pequena. Achei que iria me encaixar na área do Direito. Conclui a graduação na FMU em 1988, onde trabalhei dois anos na Coca-Cola, uma grande empresa, mas saí para advogar”, se apresentou a carismática Dra. Rita.
Há 35 anos exercendo a profissão de advogada e sempre ligada à OAB Santo Amaro, Dra. Rita teve como grandes mentores os escritórios dos advogados: Dr. Moacir Possi; Dr. Arnaldo Pereira de Souza Jr. e a finada Dra. Ana Maria Foresta Santa Paula. “Todos fizeram parte da Diretoria da OAB Santo Amaro”, explica.
“A Dra. Ana Paula era uma pessoa muito querida. Andávamos pelos Fóruns, por todas as Varas, por todos os cartórios e foi assim que fui me tornando uma pessoa conhecida, graças a Deus muito bem acolhida, tanto pelos advogados, como pelos profissionais da justiça. Devo dizer que o Fórum de Santo Amaro e a OAB são minha segunda casa”, completa a Dra. Rita.
Com o sonho de amparar os pais, hoje saudosos e eternamente no coração de Dona Rita, os Srs. Luiz e Catharina, a sua jornada na advocacia foi muito além do que ela poderia imaginar, alinhando sempre com boas atitudes e por um sentimento de solidariedade muito grande. “Desde meus nove anos já aprendi que por menos que tenhamos na vida, sempre temos que dividir com quem não tem”.
A causa social é uma atitude maravilhosa, e ter parceiros, ter amizades, ter a simplicidade de reconhecer o seu lugar no mundo fez com que o nome de Dra. Rita ecoasse por décadas em Santo Amaro como uma referência em solidariedade e um coração nobre.
“Vários lugares me abriram caminhos. Tenho profunda gratidão pela OAB Santo Amaro e pela ONG Centro Lar da Paz. O Dr. Alexandre Fanti eu conheço há quase duas décadas. Ele sempre teve o comprometimento com suas causas sociais, não hoje como presidente, mas ele sempre teve esse comprometimento. Por exemplo: Chega pra mim roupas que ele trás da casa dele, e ele manda lavar. Você sabe o que é mandar lavar numa 5àSec? É caríssimo, ele junto à esposa manda entregar as doações com dignidade”, conta os detalhes dessa aventura de nobres causas sociais.
Na páscoa deste ano, Dr. Fanti conseguiu mais de 1 mil ovos de páscoa, como diz Dra. Rita, o não ele já tem, o que torna a atual Gestão da OAB Santo Amaro com a solidariedade como seu grande legado.
“O Lar da Paz é um dos principais colaboradores com a nossa campanha, doam de tudo, móveis, calçados, alimentos, roupas, foi uma dobradinha ‘OAB – Lar da Paz’ que ajudam muito. Outros parceiros que me marcaram muito foram a Dra. Patrícia Braga, Dra. Rosângela, a Luciana do Lar da Paz, Ana Carolina Monteiro e a Cátia Rosetto, que tem um buffet no Clube Eletropaulo e já mandou pra mim vários brinquedos nesta semana para doação”, agradece a emocionada Dra.
Há anos sempre espalhando o bem, Dra. Rita costuma ir pessoalmente à comunidades carentes, à pessoas em situação de rua, a ONGs e entidades focadas nestas ações sociais presentear com as respectivas doações. “Já recebi na minha vida 14 prêmios bem significativos, a maioria deles por trabalhos sociais, mas quem merece esses prêmios são as pessoas. Então você vê que meu nome que começou pequeninho, eu comecei com coisa mínima e de repente eu olho e falo meu deus do ceu, como sou uma pessoa agradecida, a honra é minha? Não, a honra não é minha, a honra é de quem doa, eu costumo falar, deus só me deu essa missão, ele me capacitou pra isso”, completa.
Se tratando de atuações como advogada, Dra. Rita tem duas paixões: Direito Penal e Familiar. “Quando a gente estuda direito, vamos dizer que 90% ficam fascinados com a área do Direito Penal, a área do Direito Penal na teoria é uma coisa, na prática é outra”, explica e complementa: “O advogado criminal não defende bandido, como todos falam, a gente pede uma aplicação de uma lei justa.”
Com experiência exercendo em casos da Defensoria Pública do Estado, Dra. Rita já teve de lidar com diversos delitos, citando um caso como marcante: “Teve um primeiro caso que me marcou sim pela defesoria publica do estado, era uma pessoa que tinha que atender, ele tinha cometido, não era o crime que ele tinha cometido em si, mas ele estava perdendo, ele estava destituindo do poder dos filhos dele porque era usuário de droga e fui indicada para defender ele”, diz.
O problema é que o rapaz em questão havia levado uma filha com dois anos de idade a óbito por uma ação de raiva, depois descobriu-se o uso de álcool e injeção de drogas e que maltratava todos os seus filhos frequentemente. “O advogado não pode trabalhar com emoção, tem que atuar pela razão, se você tem emoção, você não consegue, então aquele caso deu emoção, e deu porque era muito pesado e eu fui indicada para atender ele para que não ele não perdesse a guarda como pai. Li todo o processo e aí eu fui conversar com o juiz, por motivo de foro intimo eu não vou atuar mais. Este foi o único caso em 35 anos que não consegui atuar, e renunciei o caso”.
Já depois de formada, Dra. Rita criou novos amores dentro da área do Direito: A familiar. “A Dra. Ana fazia essa área familiar e é uma coisa que envolve você, via casais falando de separação, mas que nem tinham motivos para separação, uma boa conversa resolvia e essa parte de poder ajudar as pessoas de uma forma maior do que as demais áreas que me fascinou”, explicou.
“Nós não somos nada aqui, porque um dia vamos embora, não temos que deixar alguma coisa aqui? Vamos deixar um legado, quero deixar um legado bom. Tudo que eu sou de melhor na minha vida eu devo a Deus, aos meus saudosos pais, eu devo aos meu familiares, ao meu marido Corradino Giuranno Neto, que também é advogado e me incentiva muito nessas causas sociais”, finalizou Dra. Rita.
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