ARTIGO | República de republicanos

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A low angle shot of the flag of Brazil under the beautiful clouds in the blue sky

A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, tem sido tema de análises críticas e revisões factuais sobre a maneira como ocorreu, incluindo o reconhecimento da dureza dos primeiros governos subsequentes. Embora não devam ser negados os estudos e pesquisas da História e das ciências sociais sobre como chegamos a tal forma de governo há 134 anos, é muito importante saber como a utilizaremos em termos práticos em favor de um Brasil melhor.

Assim, cabe reiterar que ser republicano, além de definir uma crença política, pressupõe acatar os valores da democracia e a isonomia de direitos entre todos, repudiar privilégios e corrupção, cumprir as leis e ter conduta cívica. Tais princípios nos levam a refletir sobre outra celebração expressiva deste mês, o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. É uma data que nos lembra a mesquinhez do preconceito e da discriminação e reforça a relevância da diversidade e inclusão, numa sociedade na qual todos são iguais.

Ser republicano também implica respeitar as distintas opiniões e a liberdade de expressão e pensamento, resgatando o debate saudável e entendendo que ideologias diferentes não significam atitudes truculentas e ruptura do diálogo. A divergência e o pluralismo de pensamento podem ser bastante construtivos. Tanto quanto estar atento às fake news, rejeitando-as e não as repassando.

Nesse sentido, cabe aprimorar as políticas públicas de saúde, educação, cultura, habitação, infraestrutura de saneamento básico e mobilidade, segurança e geração de empregos. São prioridades que condicionam nossa capacidade de promover a inclusão socioeconômica, reduzir desigualdades e multiplicar as perspectivas de uma vida melhor para as sucessivas gerações.

Outra missão de nossa República, conforme preconiza o estudo Diretrizes prioritárias – Governo Federal 2023-2026, da FIESP e do CIESP, é criar condições favoráveis para acelerar a transição do Brasil à economia verde. Para alcançar tal objetivo, é necessário descarbonizar e conferir maior segurança à matriz energética.

Nessa jornada dos brasileiros, a indústria é uma das protagonistas, não só pelos empregos que gera, como pela postura que tem adotado em defesa do respeito, diversidade e inclusão.

*Rafael Cervone, engenheiro e empresário, é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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